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Novo estudo reorienta se você deve fazer o cardio antes ou depois da musculação

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Reprodução/Freepik
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Se você frequenta a academia, muito provavelmente já se perguntou se é melhor começar o treino pelos exercícios de força ou pelas atividades aeróbicas. Um estudo publicado em abril deste ano no Journal of Exercise Science and Fitness traz uma resposta para essa questão.

Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, a ordem dos exercícios afeta significativamente a quantidade de gordura perdida. Os resultados indicaram que pessoas que realizam musculação antes do treino cardiovascular tendem a reduzir mais o percentual de gordura corporal do que aquelas que adotam a ordem inversa.

Método da pesquisa

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O estudo contou com a participação de 45 homens, com idades entre 18 e 30 anos, todos classificados como obesos. Os participantes foram divididos em três grupos distintos e acompanhados ao longo de 12 semanas pelos pesquisadores.

Um dos grupos funcionou como grupo controle — os participantes mantiveram seus hábitos de treino sem alterações. Nos outros dois grupos, os voluntários se exercitavam por uma hora, três vezes por semana, e receberam smartwatches para monitoramento das atividades diárias.

A única diferença entre os dois grupos com treinos personalizados foi a ordem dos exercícios: enquanto um começava pelo treino cardiovascular e depois seguia para a musculação, o outro iniciava com o treino de força e finalizava com os aeróbicos — ambos os grupos usaram a bicicleta ergométrica.

Resultados observados

Voluntários dos dois os grupos apresentaram melhoras em níveis semelhantes na condição cardiovascular, na força muscular e na composição corporal, ganhando massa muscular magra e perdendo massa gorda. A principal diferença, no entanto, foi observada na perda de gordura.

Os participantes que iniciaram o treino com musculação apresentaram reduções maiores tanto na gordura corporal total quanto na gordura visceral, em comparação com aqueles que começaram pelos exercícios aeróbicos.

Além disso, o grupo que priorizou o levantamento de peso também demonstrou melhorias superiores na resistência muscular e na força explosiva. Eles ainda aumentaram a contagem diária de passos em cerca de 3.500, em contraste com os 1.600 passos adicionais observados no grupo que iniciou pelo cardio.

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Como o corpo usa energia

Jack McNamara, professor de Fisiologia Clínica do Exercício na Universidade do Leste de Londres — que não participou do estudo — explica que o treinamento de resistência esgota os estoques de glicogênio muscular, uma forma de açúcar armazenado nos músculos e utilizada como “combustível” pelo corpo.

Por isso, ao iniciar o treino com musculação, há uma drenagem inicial desse combustível, forçando o organismo a recorrer a outras fontes de energia.

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“Com os estoques de glicogênio baixos, ao fazer a transição para o cardio, seu corpo passa a depender mais das reservas de gordura para obter energia. É como um carro híbrido que passa a usar bateria quando a gasolina acaba. Essa mudança metabólica ajuda a explicar a maior perda de gordura observada no grupo que priorizou o treino de força”, explica o fisiologista.

Ainda segundo McNamara, iniciar o treino com atividades aeróbicas consome parte significativa das reservas de glicogênio, o que pode deixar os músculos parcialmente esgotados antes da execução dos exercícios de força.

Confira o estudo na íntegra no Journal of Exercise Science and Fitness.

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Fonte: The Conversation