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Novo estudo aponta esquizofrenia como fator de risco para COVID-19

Por| 09 de Fevereiro de 2021 às 20h40

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Anthony Tran/Unsplash
Anthony Tran/Unsplash

Desde o início da pandemia, temos nos concentrado na segurança de determinadas partes da população, como os idosos e as pessoas com comorbidade, uma vez que se enquadram no grupo de risco da COVID-19. Nesta semana, um estudo realizado pelo Langone Medical Center da New York University (NYU) apontou mais um componente do grupo de risco: pessoas com esquizofrenia.

O estudo, realizado com quase 7.400 participantes diagnosticadas com COVID-19 , descobriu que as chances de pessoas com esquizofrenia morrerem de COVID-19 são quase três vezes maiores em comparação com quem não possui o transtorno.

"Nossas descobertas ilustram que as pessoas com esquizofrenia são extremamente vulneráveis ​​aos efeitos do COVID-19. Com este novo entendimento, os provedores de saúde podem priorizar melhor a distribuição de vacinas, testes e cuidados médicos para este grupo", declarou a psiquiatra Katlyn Nemani, do Langone Medical Center.

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O estudo compara como as pessoas tratadas para COVID-19 em Nova York, no auge da pandemia de coronavírus na região, se saíram 45 dias após o teste apontar positivo. Examinando os registros médicos do sistema de saúde que inclui quatro hospitais, a equipe identificou 7.350 adultos com teste positivo para COVID-19 entre março e maio de 2020, dos quais 75 tinham esquizofrenia.

Tal como a COVID-19 em si, a própria esquizofrenia é uma doença enigmática que os cientistas ainda estão tentando entender, e este estudo considerou apenas pessoas diagnosticadas. Pessoas com transtornos de humor, como ansiedade, também aparecem no estudo, mas os pesquisadores descobriram que essas pessoas não tinham risco aumentado de morrer por COVID-19, embora estudos anteriores tenham descoberto que indivíduos com problemas mentais têm maior probabilidade de se infectar.

COVID-19 e esquizofrenia

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Os envolvidos no estudo descobriram que as pessoas com esquizofrenia tinham 2,67 vezes mais probabilidade de morrer com COVID-19 do que pessoas sem a doença. O resultado ainda classifica a esquizofrenia como o segundo maior fator de risco para morte por COVID-19, atrás apenas da idade.

A possível explicação é a seguinte: como a esquizofrenia perturba o sistema imune, é sobrecarregada por citocinas inflamatórias e pode tornar a pessoa mais vulnerável ​​a infecções por COVID-19. Em contrapartida, os especialistas levantam olhares para o fato de que mesmo sem estarem infectadas, as pessoas com esquizofrenia por si só já costumam ter uma saúde física mais debilitada.

De qualquer forma, o estudo ressalta a necessidade de concentrar nossos esforços coletivos em ajudar pessoas vulneráveis, como aqueles com esquizofrenia e outras condições de saúde ao longo da vida.

Fonte: JAMA Psychiatry via Science Alert