Nomofobia afeta idosos; saiba como identificar os sinais
Por Nathan Vieira |

O cuidado com o excesso de telas é algo que transcende gerações. É claro que o foco tem sido bem mais voltado para o público mais jovem, mas a nomofobia afeta idosos também. Por isso, é muito importante ficar atento aos sinais do vício em celular e pensar nas melhores práticas para combatê-lo.
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Os pesquisadores da UFMG perceberam a presença da nomofobia (medo de ficar longe do celular) em idosos durante um estudo realizado no ano passado.
O estudo foi feito por revisão de 142 artigos e mais de dois milhões de pessoas. A maior parte foi composta por adolescentes, nativos digitais. No entanto, a quantidade de idosos que desenvolveram a fobia de ficar separados do celular surpreendeu os cientistas.
A tese levantou um alerta especial aos idosos que consomem conteúdos violentos na televisão e as possíveis consequências para a saúde mental.
Para os pesquisadores, não basta limitar o tempo de tela, é necessário também enriquecer o tempo fora dela, tentando manter a mente ativa, principalmente levando em consideração que a falta de gerenciamento do tempo aumenta o estresse de forma considerável.
Nomofobia
A nomofobia vem do termo "No Mobile Phone Phobia", e quer dizer justamente o medo irracional de ficar sem celular. A pessoa tem problemas para se desconectar, mesmo que por um limitado período.
Um estudo da Journal of Family Medicine diz que vários fatores psicológicos estão envolvidos quando uma pessoa usa excessivamente o telefone celular, como a baixa autoestima.
"É muito difícil diferenciar se o paciente se torna nomofóbico devido ao vício em telefone celular ou transtornos de ansiedade existentes se manifestam como sintomas nomofóbicos", diz a pesquisa. Isso porque os sintomas são muito semelhantes, como você vai ver a seguir.
Como identificar a nomofobia
O estudo menciona que os sinais de nomofobia incluem:
- Ansiedade
- Alterações respiratórias
- Tremores
- Transpiração
- Agitação
- Desorientação
- Taquicardia.
"Alguns transtornos mentais podem precipitar a nomofobia também e vice-versa. A complexidade dessa condição é muito desafiadora para os familiares dos pacientes, bem como para os médicos, pois a nomofobia compartilha sintomas clínicos comuns com outros transtornos", mencionam os pesquisadores.
É por isso que, segundo eles, o diagnóstico deve ser feito por exclusão. "Temos que permanecer no mundo real mais do que no mundo virtual. Temos que restabelecer as interações humano-humano, as conexões face a face. Então, precisamos limitar nosso uso de telefones celulares em vez de proibir porque não podemos escapar da força do avanço tecnológico", conclui o estudo sobre nomofobia.
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Fonte: UMFG