No Brasil, 60% dos mortos pela covid-19 não tomaram a 3ª dose da vacina
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 30 de Junho de 2022 às 16h40
Entre os meses de março e junho deste ano, pessoas que não tomaram a terceira dose da vacina representaram a maioria das mortes pela covid-19 no Brasil. Segundo levantamento, estes indivíduos representaram 60% dos óbitos em decorrência do coronavírus SARS-CoV-2 identificados no período.
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Além disso, os dados apontam que, em três a cada 10 óbitos, a dose de reforço foi aplicada no ano passado e, com o passar do tempo, sabe-se que a imunidade induzida pela vacina ou pela infecção cai. Então, este grupo não contava com um forte sistema de defesa, composto por anticorpos neutralizantes. Atualmente, o Ministério da Saúde já recomenta a quarta dose para todos com mais de 40 anos.
Esses dados que relacionam os óbitos da covid-19 e a vacinação foram levantados pela plataforma Info Tracker — uma iniciativa liderada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) —, após pedido do portal Uol.
Óbitos e internações entre não-vacinados
A plataforma de acompanhamento dos dados da covid-19 no Brasil também verificou que a maioria das internações estava relacionada com indivíduos que não tomaram a terceira dose. Para ser mais preciso, das 30 mil internações, 19,5 mil (65%) foi de pessoas não imunizadas com o reforço. Os outros 37,5% eram compostos por pessoas que tomaram o reforço em 2021. Apenas 9,3% tinha tomado a dose extra neste ano.
Vale lembrar que o Brasil já enfrenta a quarta onda da covid-19, segundo informações do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Nas últimas 24 horas, o país registrou 75 mil novos casos e 277 óbitos. A média móvel de novas infecção está estimada em 56 mil e a de óbitos é calculada em 228.