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Vírus da covid perde 90% da sua capacidade de infecção em 20 minutos, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 30 de Junho de 2022 às 10h15

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Mohamed Hassan/Pixabay
Mohamed Hassan/Pixabay

Em apenas 20 minutos, a capacidade de infecção do coronavírus SARS-CoV-2 pode ser reduzida em até 90%, apontam cientistas britânicos. Isso ocorre quando o vírus da covid-19 está na forma de partículas de aerossol, ou seja, micropartículas de secreção respiratória, que são produzidas ao respirar, falar ou espirrar.

Publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), o estudo foi liderado por pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido. Além da questão dos 20 minutos, a capacidade de infecção do vírus da covid é diretamente afetada pela umidade do ar. Quanto mais seco, mais rápido perde sua infecciosidade.

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"Embora o consenso atual seja de que a meia-vida do SARS-CoV-2 na fase de aerossol seja entre uma e duas horas, se não mais, relatamos um rápido declínio inicial na infecciosidade em apenas alguns segundos a minutos da geração do aerossol. Sob todas as condições medidas, a maioria do SARS-CoV-2 é inativada em 10 minutos após a aerossolização", afirmam os autores.

O que afeta a capacidade de infecção do vírus da covid?

Para investigar as partículas inaláveis do vírus da covid-19, os cientistas britânicos observaram de que forma os fatores ambientes, como umidade relativa (UR) e temperatura, afetam sua capacidade de infecciosidade. Para isso, usaram um instrumento chamado Celebs, que mede os aerossóis.

Segundo os pesquisadores, ocorre uma perda significativa na infectividade já nos primeiros dez minutos de geração de partículas de aerossol. Este efeito não se alterou nas diferentes variantes do SARS-CoV-2 que foram analisadas, como a Alfa (B.1.1.7) e a Beta (B.1.351).

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"Sabemos que as partículas de aerossol, exaladas quando indivíduos infectados respiram, falam ou tossem, podem transmitir vírus. Compreender os mecanismos que influenciam a sobrevivência de patógenos no ar é mais uma peça do quebra-cabeça para entender a propagação de doenças como a covid-19", explica Jonathan Reid, principal autor do estudo e professor da Universidade de Bristol, em comunicado.

Questão da umidade

Em ambientes com baixa umidade relativa do ar (< 50%), a diminuição na infectividade do vírus da covid ocorre quase imediatamente. Esta taxa cai para 50% em apenas dez segundos, após a geração do aerossol. Isso acontece porque as partículas "ressecam" muito rápido, enquanto estão suspensas no ar.

O cenário é outro em ambientes mais úmidos. Com a alta umidade relativa, a perda da capacidade de infecção é mais gradual. É possível identificar uma perda constante de infectividade de 50% nos primeiros cinco minutos. Após 20 minutos, ela chega a 90%.

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Fonte: Pnas e Universidade de Bristol