Ministério da Saúde deve fechar a compra de 45 milhões de doses da CoronaVac
Por Fidel Forato | 17 de Dezembro de 2020 às 18h52
Na quarta-feira (16), o Ministério da Saúde apresentou o plano oficial de vacinação contra a COVID-19 no Brasil. No documento, foram considerados quatro potenciais imunizantes contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) que poderão estar disponíveis para os brasileiros. Agora, a pasta deve assinar, nesta semana, acordo com o Instituto Butantan para a compra de 45 milhões de doses da Coronavac, desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, segundo o governo do Pará.
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Caso o acordo siga conforme o esperado, as doses da CoronaVac contratadas devem ser entregues, de forma gradual, a partir de janeiro de 2021. Do total acordado, o Instituto Butantan deve disponibilizar ao governo federal 20 milhões de doses até o dia 30 de janeiro. As doses que faltarem serão compartilhadas até o final de março.
De acordo com as informações compartilhadas pelo governo do Pará, após reuniões com técnicos do Ministério da Saúde, deverá haver uma cláusula no contrato exigindo que toda a produção nacional da CoronaVac, vinculada ao governo de São Paulo, seja destinada para o Plano Nacional de Imunização (PNI).
Vacinas contra a COVID-19
Além das doses que o acordo com a CoronaVac poderá fornecer, o Ministério da Saúde espera que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregue 15 milhões de doses da vacina de Oxford — desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido —, segundo o governo do Pará.
No entanto, o pedido de registro desse imunizante para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve ser feito a partir de 21 de janeiro. Assim, o início da imunização com a fórmula deve começar por volta do dia 10 de fevereiro. “Também temos outra situação. Dependendo de um diálogo diplomático, existe a possibilidade de virem para o Brasil entre uma e duas milhões de doses do Laboratório AstraZeneca, que desenvolve a vacina de Oxford, já prontas para envase e aplicação”, afirmou o governador do Pará, Helder Barbalho.
Outras negociações ainda estão em andamento com o Ministério da Saúde, como a que envolve 500 mil doses da vacina da farmacêutica norte-americana Pfizer e da empresa de biotecnologia alemã BioNTech, mas que dependeria da importação de insumos ao Brasil. Vale lembrar que nenhuma vacina contra a COVID-19 obteve autorização de uso no país até o momento.
Mais crédito para compra de vacinas
Para acelerar os processos de compra de vacinas contra a COVID-19 e a futura vacinação dos brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira (17) uma Medida Provisória (MP) que abrirá crédito extraordinário de R$ 20 bilhões, em favor do Ministério da Saúde. “Tão logo tenhamos uma vacina certificada pela Anvisa, ela estará a disposição de todos no Brasil, de forma gratuita e voluntária”, afirmou o presidente. A expectativa é que a MP seja publicada ainda nesta tarde, em uma edição extra do Diário Oficial da União.
Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência explicou que o novo valor liberado deve cobrir as despesas com a compra das doses de vacina, seringas, agulhas, logística, comunicação e outros custos que sejam necessárias para a campanha de imunização contra a COVID-19. Segundo o Ministério da Saúde, ainda não foi estipulado onde o dinheiro será usado. A ideia é que ele possa ser utilizado conforme o planejamento e as necessidades da pasta.
Fonte: Agência Brasil e IstoÉ