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Ministério da Saúde anuncia primeira parte do plano de vacinação contra COVID-19

Por| 26 de Novembro de 2020 às 20h30

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 Karolina Grabowska / Pexels
Karolina Grabowska / Pexels

Se você também aguarda ansiosamente pela chegada da vacina contra a COVID-19, pode ficar cautelosamente otimista: instituições e empresas privadas ao redor do mundo unem forças para desenvolver um imunizante que possa nos ajudar nessa pandemia. E em meio a isso, na última quinta-feira (19), o Ministério da Saúde divulgou a primeira parte do Plano de Operacionalização da Vacina contra a COVID-19. A campanha de divulgação do processo de produção e aprovação do imunizante, bem como da capacidade do país de distribuir os insumos, está prevista para ser lançada entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.

A primeira parte do plano aponta dez eixos prioritários com o objetivo de guiar a campanha de vacinação dos brasileiros, a fim de reduzir a morbidade e mortalidade pela doença e diminuir a transmissão do vírus entre as pessoas. Segundo o anúncio do próprio Ministério da Saúde, o objetivo é imunizar, tão logo uma vacina segura seja disponibilizada, os grupos com maior risco de desenvolver complicações e óbitos pela doença e as populações mais expostas ao vírus.

De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o público-alvo será detalhado apenas após a conclusão dos estudos de fase 3 dos imunizantes testados. “Só assim conseguiremos avaliar em quais grupos (a vacina) teve maior eficácia”, afirmou durante coletiva de imprensa.  O documento foi elaborado na Câmara Técnica Assessora em Imunizações e Doenças Transmissíveis, em parceria com instituições que auxiliaram na definição dos grupos de risco, estratégia de vacinação e atualização os estudos sobre a doença.

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A  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), a Fiocruz, o Instituto Butantan, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), sociedades médicas, conselhos federais da área da saúde, Médicos Sem Fronteiras e integrantes dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems) fazem parte disso, lado a lado com o Ministério da Saúde.

Arnaldo Medeiros ressaltou que a estratégia é dar transparência ao processo de elaboração da campanha, de modo que a população sinta segurança no processo. “Esse ministério tem um compromisso sério com a população brasileira de só vacinarmos quando tivermos certeza de que estamos diante de uma vacina registrada com garantia de eficácia”, declarou o secretário, durante a coletiva.

O anúncio do Ministério da Saúde aponta dez eixos prioritários: situação epidemiológica; atualização das vacinas em estudo; monitoramento e orçamento; operacionalização da campanha; farmacovigilância; estudos de monitoramento pós marketing; sistema de informação; monitoramento; supervisão e avaliação; comunicação e encerramento da campanha. Confira detalhes sobre cada um:

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Eixo 1 – Situação epidemiológica

O objetivo por trás desse primeiro eixo é a identificação de grupos de maior risco para adoecimento, agravamento e óbito pela COVID-19. Os grupos prioritários abrangem idosos e pessoas com comorbidades (Diabetes, HAS, Doenças cardíacas/cerebrovasculares, DPOC, Renal, Obesidade, Câncer, Transplantado e Anemia Falciforme).

O eixo em questão também avalia as condições de armazenamento e duração da vacina e os dados de segurança.  Em relação à armazenagem dos imunizantes, as especificações serão orientadas pelo laboratório fornecedor. Toda a rede de frio do Brasil dispõe de equipamentos para armazenamento de vacinas a -20°C, com exceção da instância local - que são as salas de vacinas e onde o armazenamento se dá na faixa de controle de +2°C a +8°C. Atualmente, o padrão de vacinas no mundo segue orientações de armazenamento entre +2°C e +8°C.

Eixo 2 – Atualização das vacinas em estudo

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Existem mais de 400 projetos em desenvolvimento. Destes, metade estão registrados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).  Ao todo, 154 estão em estágio de pesquisa pré-clínica e há 44 projetos em estudos clínicos, das quais 10 estão em fase 3. Com isso em mente, a ideia do segundo deixo consiste basicamente no acompanhamento das plataformas em estudo, do panorama geral de vacinas em desenvolvimento e da descrição das vacinas brasileiras.

Eixo 3 – Monitoramento e orçamento

O Ministério da Saúde divulgou que o terceiro eixo envolvendo esse plano se enquadra na avaliação da vacina  em si, ou seja, se entrará como rotina ou campanha anual, e quais são os custos dessa operacionalização.

Eixo 4 – Operacionalização da campanha

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Enquanto isso, o eixo de número 4 consiste, em suma, no companhamento da estratégia de vacinação, distribuição de doses por unidade federada, público-alvo, meta, fases e prioridades.

Eixo 5 – Farmacovigilância

O eixo 5 conta com esse nome difícil que quer dizer o monitoramento dos eventos adversos pós-vacinação no pós-licenciamento da vacina (administração da vacina em massa).

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Eixo 6 – Estudos de monitoramento e pós marketing

Segundo o anúncio do Ministério da Saúde, o sexto eixo engloba os monitoramentos levarão em consideração os estudos de efetividade e segurança como vacinação de gestantes inadvertidamente, por exemplo. 

Eixo 7 – Sistema de informação

Já o sétimo eixo é baseado no fato de que as vacinas precisam ter a rastreabilidade. Por meio dos sistemas como DataSUS, a ideia será obter o registro nominal da população para avaliar a cobertura vacinal e o acompanhamento de eventos adversos pós-vacinação.

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Eixo 8 – Monitoramento, supervisão e avaliação

O oitavo eixo consiste em definir indicadores para avaliação da estratégia de vacinação desde a sua execução até os resultados.

Eixo 9 – Comunicação

Nessa etapa, será definido o plano de comunicação da campanha de vacinação, com informação sobre o processo de produção e aprovação de uma vacina, informação sobre a vacinação, os públicos prioritários, dosagens, etc.

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Eixo 10 - Encerramento da campanha

Por fim, neste eixo é que serão avaliados os resultados da campanha.

Fonte: Ministério da Saúde