MedTech | As 5 inovações cientificas mais interessantes do mês [07/23]
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |

A cada mês, novas ferramentas surgem para revolucionar a forma como o ser humano encara suas experiências. Em julho, o destaque da inovação ficou por conta da inteligência artificial, que tem conquistado cada vez mais espaço na área da saúde. Como de costume, selecionamos as principais inovações da ciência e da tecnologia.
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IA usa radiografia para diagnosticar doenças do coração
Pesquisadores da Osaka Metropolitan University, no Japão, criaram uma inteligência artificial (IA) que classifica funções do coração e identifica com precisão a doença cardíaca valvular, a partir de uma radiografia de tórax simples. As descobertas foram publicadas na revista científica The Lancet Digital Health.
A tecnologia foi capaz de categorizar precisamente seis tipos selecionados de doença cardíaca valvular, que por sua vez consiste no mal funcionamento de uma das quatro válvulas cardíacas que mantêm normal o fluxo de sangue na direção adequada através do coração.
Adesivo substitui a agulha na aplicação de vacinas
Em paralelo, uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) trouxe à tona um novo adesivo que substitui a agulha na aplicação de vacinas.
A ideia é que, com o adesivo colado e carregado com o imunizante, o conteúdo da vacina não precisa ser aplicado através de uma única e grande agulha. A invenção conta, então, com microagulhas compostas de moléculas muito pequenas, os polímeros. Cada ponto tem apenas 700 micrômetros de altura e 200 micrômetros de largura de base.
Pirulito coleta saliva e captura bactérias
Em estudo da revista científica Analytical Chemistry, vimos um novo pirulito que coleta saliva para exames. O item se chama CandyCollect, e conta com um bastão em forma de colher com um sulco em forma de espiral esculpido no topo. Essa extremidade achatada é coberta com bala de isomalte, permitindo que a saliva flua facilmente para o sulco.
Os autores defendem que o pirulito pode capturar bactérias de adultos permanecer estável por até um ano. Os participantes da pesquisa relataram preferência pelo método de coleta com o pirulito, em comparação aos sistemas de coleta convencionais.
IA consegue prever risco de artrite
Outra prova de que a IA tem conquistado espaço no ramo da saúde é a invenção de pesquisadores da Universidade do Texas em Austin (UT Austin) e do Centro Genômico de Nova York: uma ferramenta que pode identificar risco de dores nas costas ou artrite, a partir de imagens de raios-X e sequenciamentos genéticos.
Com a ajuda da ferramenta com IA, os cientistas já descobriram que quando a proporção entre a largura e a altura do quadril é maior que o padrão, a pessoa tem um risco aumentado para desenvolver osteoartrite e dores nos quadris, e quando as proporções do comprimento do fêmur em relação à altura são maiores que o padrão, há um risco aumentado para problemas no joelho, por exemplo.
Sonda que lê atividade cerebral profunda sem implantes
Por fim, cientistas conseguiram criar uma sonda capaz de registrar a atividade cerebral sem implantes cirúrgicos, o que representa uma forma não-invasiva de fazer esse monitoramento. Um passo e tanto para a ciência. A ideia é que a invenção possa até ajudar a tratar distúrbios cerebrais.
Por enquanto, ainda não foram feitos testes com humanos. No entanto, nos experimentos com ratos, os cientistas fizeram incisões nos pescoços, guiando a sonda até a base do cérebro com um cateter de 10 micrômetros de largura. Após chegar a um vaso sanguíneo, o objeto foi expandido, se fixando nas paredes do canal, permitindo que os eletrodos da malha coletassem sinais dos neurônios próximos.