Meditação pode ajudar a reduzir sintomas da síndrome de Burnout
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 11 de Outubro de 2022 às 16h17
A síndrome de Burnout é tão séria que neste ano passou a ser considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença do trabalho. Em novo estudo publicado na revista JAMA Network Open, cientistas afirmam que a meditação pode ser usada para reduzir os sintomas dessa condição.
O estudo mostrou que a meditação realizada duas vezes ao dia aliviou a ansiedade, a insônia e o esgotamento, sugerindo que poderia ser uma estratégia eficaz. Ao todo 41 participantes (profissionais da área da saúde) foram designados para aprender e praticar meditação por 20 minutos duas vezes ao dia, no trabalho ou em casa.
Os pesquisadores também contaram com uma lista de nove sintomas para medir os níveis de estresse psicológico, e notaram através disso que a meditação ajudou a reduzir o sofrimento agudo em 5,6 pontos. A prática da meditação teve o maior efeito na redução da exaustão emocional, o que fez com que os pesquisadores afirmassem que a meditação pode ser uma estratégia eficaz entre as abordagens organizacionais.
A ideia agora é estudar o benefício da meditação em um grupo, com 280 profissionais de saúde, em um próximo estudo. O ensaio deve medir a variabilidade da frequência cardíaca, atividade cerebral e biomarcadores de estresse circulante antes e depois de intervenções como a meditação. Os resultados podem levar a abordagens baseadas em dados para construir resiliência e combater o esgotamento entre os profissionais.
O que é a síndrome de Burnout?
Segundo o Ministério da Saúde, Burnout é um disturbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.
A principal causa da doença é o excesso de trabalho, comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes.
Dentre os principais sinais da síndrome de Burnout estão cansaço excessivo, físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite, insônia, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos de derrota e desesperança, sentimentos de incompetência e alterações repentinas de humor.
Fonte: JAMA Network Open via Duke University School of Medicine; Ministério da Saúde