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Médicos fazem transplante de orelha impressa em 3D em paciente com doença rara

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Junho de 2022 às 15h13

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twenty20photos/envato
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Nesta quinta-feira (2), a empresa de medicina regenerativa 3DBio Therapeutics anunciou que médicos tiveram êxito no transplante de uma orelha impressa em 3D através de células humanas. A ideia é que a orelha continue a regenerar o tecido cartilaginoso, o que ajuda a estabelecer uma aparência natural. A tecnologia faz parte de um primeiro ensaio clínico, que ao todo inclui 11 pacientes.

Segundo o comunicado feito pela empresa, os reguladores dos EUA já revisaram o projeto do teste e estabeleceram padrões rígidos de fabricação, e os dados devem ser publicados em uma revista científica quando o estudo for concluído.

Os médicos ainda investigam possíveis falhas ou complicações nos transplantes, mas a estimativa é que a nova orelha não seja rejeitada pelo corpo da paciente, uma vez que as células se originaram de seus próprios tecidos.

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A paciente nasceu com microtia, um defeito congênito raro que causa a deformação da parte externa do ouvido. Futuramente, a tecnologia pode ser usada para fazer peças de reposição de outras partes do corpo, como narizes — e, em um futuro um pouco mais distante, talvez até para a produção de órgãos vitais mais complexos, como fígados, rins e pâncreas.

Os médicos envolvidos apontam que o implante de orelha feito com impressão 3D ajuda a avaliar a biocompatibilidade, mas relembram que a parte externa da orelha é relativamente simples, uma vez que é mais estética do que funcional. Assim, ainda há um longo caminho para órgãos mais complexos.

De qualquer forma, vale entender que o processo de fabricação de impressão 3D cria um objeto sólido e tridimensional a partir de um modelo digital. A tecnologia geralmente envolve uma impressora controlada por computador que deposita o material em camadas finas para criar a forma precisa do objeto.

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No caso do implante auricular da 3DBio Therapeutics, a técnica envolve transformar uma pequena amostra de células de um paciente em bilhões de células. A impressora 3D da empresa usa uma “bio tinta” à base de colágeno que é segura no corpo e que mantém todos os materiais estéreis.

A impressão 3D vem conquistando cada vez mais espaço na medicina. Recentemente, por exemplo, cientistas conseguiram imprimir um miocárdio que dura seis meses. Na ocasião, os envolvidos adaptaram um robô de seis eixos capaz de girar 360 graus livremente para imprimir células em todas as direções, em vez de usar a impressora 3D tradicional.

Fonte: The New York Times, Business Wire