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Médicos alertam para riscos da semaglutida, 1º remédio para obesidade no Brasil

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Janeiro de 2023 às 14h51

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Dennis Klicker/Unsplash
Dennis Klicker/Unsplash

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, neste início de janeiro, o uso de semaglutida (através do medicamento Wegovy) para o tratamento de obesidade e sobrepeso quando prejudiciais à saúde. Criada como uma medicação voltada para diabetes tipo 2, ela aumenta a sensação de saciedade, facilitando dietas e esforços terapêuticos. Ela é aplicada via injeção em dose de 2,4 mg, na forma de caneta, como a insulina.

Obesidade e sobrepeso afligem mais de 50% dos adultos brasileiros, podendo acarretar comorbidades e problemas de saúde dos mais diversos. O uso da nova medicação vem para auxiliar no tratamento a essas condições, mas deve ser aliado a outras estratégias terapêuticas, como exercícios, planos alimentares e controle emocional, segundo o médico Dr. Victor Lamônica — mesmo podendo diminuir o peso do paciente em até 17%, a substância não é mágica, assim como qualquer outro remédio.

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Indicações para o uso

Antes da aprovação da Anvisa, a semaglutida podia ser prescrita pela conta e risco dos médicos, já que estava presente no mercado, mas para tratamento exclusivo de diabetes, tendo sido aprovado para este uso em 2018 (através do medicamento Ozempic). Mesmo agora, a recomendação de uso não é para qualquer paciente que queira perder peso, mas sim pessoas cujo sobrepeso — ou seja, com índice de massa corporal (IMC) acima de 27 — ou obesidade — com IMC acima de 30 — impacte consideravelmente a saúde.

Para quem não está acima do peso, mas ainda quer utilizar o medicamento, os médicos alertam que ele pode até ser eficiente no emagrecimento, mas cessando o uso, os quilos perdidos retornarão. Por isso, enfatiza-se o acompanhamento médico para qualquer intervenção alimentar ou corporal nesse sentido, especialmente o de um nutricionista.

A Anvisa ainda afirma que o medicamento é indicado especialmente aos pacientes que tenham pelo menos uma doença crônica relacionada ao sobrepeso, como a hiperglicemia — pré-diabetes ou diabetes mellitus tipo 2 —, hipertensão, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular, por exemplo.

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Preço e efeitos colaterais

A semaglutida deve chegar às farmácias no segundo semestre deste ano, e não precisará de receita médica para ser adquirida. O preço não foi divulgado até o momento, mas cálculos baseados na precificação no exterior e venda por empresas privadas deixam esse valor em um patamar pouco acessível ao brasileiro médio: cada caneta da medicação custa quase R$ 1, e não há previsão para chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Os efeitos colaterais sentidos por alguns pacientes incluem náusea, vômitos, diarreia e constipação — sintomas, em sua maioria, gastrointestinais leves e moderados, que desaparecem após cessar o uso do remédio. O acompanhamento médico ainda é altamente recomendado, já que riscos à saúde existem. Segundo o Dr. Lamônica, não é recomendado prescrevê-lo a grávidas ou pessoas que estejam amamentando, sendo indicado descontinuar o uso 2 meses antes de uma gravidez planejada.

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Ao receber anestesia geral, também há um risco grande do usuário da semaglutida vomitar e acabar broncoaspirando, causando problemas pulmonares graves. Nesse caso, cuidados hospitalares extras são recomendados. Outras contraindicações incluem pacientes com hérnia de hiato e refluxo gastroesofágico.

Fonte: Com informações do G1/Fantástico