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Estudo relaciona excesso de alimentos ultraprocessados à obesidade infantil

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Eiliv-Sonas Aceron/Unsplash
Eiliv-Sonas Aceron/Unsplash

Na próxima terça-feira (11), celebra-se o Dia Nacional da Prevenção da Obesidade, destinado a alertas e conscientização sobre a doença. Em um novo estudo publicado na revista científica The BMJ, cientistas revelam que o consumo excessivo de comida processada pode gerar obesidade infantil.

Na categoria de alimentos ultraprocessados entram enlatados, embutidos, congelados, sorvetes, preparações instantâneas, refrigerantes, salgadinhos, frituras, doces, gelatinas industrializadas, refrescos em pó, temperos prontos, margarinas, iogurtes industrializados, macarrão instantâneo, bolachas recheadas, achocolatados e outras guloseimas.

Essas comidas são consideradas pobres em micronutrientes, ou seja, vitaminas, sais minerais, água e fibras, e estão associadas ao ganho de peso em adultos. No estudo, os cientistas quiseram saber se os hábitos dos pais influenciam diretamente na obesidade da criança.

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E foi com isso em mente que os pesquisadores analisaram os dados de 19.958 crianças. Uma série de outros fatores potencialmente influentes, conhecidos por estarem fortemente correlacionados com a obesidade infantil, também foram levados em consideração. Estes incluíram peso da mãe (IMC), atividade física, tabagismo e nível de atividade física.

No geral, 2.471 (12%) crianças desenvolveram sobrepeso ou obesidade durante um período médio de acompanhamento de 4 anos. Os resultados mostram que o consumo de alimentos ultraprocessados ​​da mãe foi associado a um risco aumentado de sobrepeso ou obesidade em seus filhos.

Em uma análise separada de 2.790 mães e 2.925 crianças com informações sobre a dieta de 3 meses antes da concepção até o parto (perigestação), os pesquisadores descobriram que a ingestão de alimentos ultraprocessados ​​na perigestação não foi significativamente associada a um risco aumentado de sobrepeso ou obesidade na prole.

Apesar do alerta à obesidade infantil, o estudo tem suas limitações e os próprios pesquisadores reconhecem que há muita pesquisa a ser feita pela frente.

Fonte: BMJ via News Medical