Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

N95 ou PFF2: como identificar uma máscara falsa

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Julho de 2021 às 18h30

Link copiado!

Jonathan J. Castellon/Unsplash
Jonathan J. Castellon/Unsplash

Para evitar casos de transmissão do coronavírus SARS-CoV-2, o uso das máscaras foi estimulado e defendido pelas autoridades de saúde em todo o mundo. Isso porque elas agem, literalmente, como uma barreira para impedir que o vírus chegue ao seu organismo ou que o gente infeccioso da covid-19 se espalhe a partir de você. No entanto, há um mercado paralelo de máscaras N95/PPF2 falsas, que podem colocar em risco a saúde do usuário por, simplesmente, não protegerem.

Vale lembrar que, atualmente, o mundo vive uma nova onda da covid-19, desencadeada pela variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2. A cepa é conhecida por ser mais transmissível do que as outras descobertas desde o início da pandemia. Nesse cenário, adotar máscaras com maior capacidade de filtragem das partículas do ar é uma aposta certeira para aumentar o grau de proteção, como as  máscaras N95/PPF2.

Continua após a publicidade

Por outro lado, não existe uma ampla e popular oferta de respiradores do tipo para a população brasileira, o que dificulta o acesso e alimenta um mercado de falsificações. "Em cenários de escassez [de máscaras e equipamentos de proteção contra a covid-19], é necessário estar atento aos produtos no mercado que não apresentam o desempenho esperado ou anunciado", explica a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em nota.

Para ajudar a identificar máscaras N95/PPF2 falsificadas, o Canaltech levantou uma série de dicas e informações importantes que você confere a seguir:

Só um instante: máscaras são regulamentadas?

Pode parecer estranho o fato de máscaras serem regulamentadas, mas não é. Essa regulamentação é necessária para garantir que o material usado seja, realmente, capaz de filtrar o ar e os possíveis agentes infecciosos em circulação, como o coronavírus. Em outras palavras, sem a aprovação, não se pode garantir que o produto filtre as partículas transportadas pelo ar de forma eficaz.

Continua após a publicidade

Na pandemia da covid-19, as máscaras N95 — padronizadas com a sigla PFF2, no Brasil — são consideradas como o melhor padrão para a proteção e recebem este nome pela capacidade de filtrarem pelo menos 95% do ar. Além disso, esse respirador é, oficialmente, conhecido como: peça facial filtrante com grau de filtragem 2 para riscos biológicos.

No caso brasileiro, as máscaras PFF2 são aprovadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), uma autarquia associada ao Ministério da Economia, e pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

No cenário norte-americano, a regulamentação da N95 é feita pelo Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (Niosh), que é parte do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Inclusive, as orientações da Anvisa se baseiam no material do Niosh.

Dicas da Anvisa e do Niosh para identificar uma máscara N95/PPF2

Continua após a publicidade

Selo de aprovação é obrigatório

Para observar se uma máscara N95/PFF2 é original ou falsificada, a primeira regra é verificar se há um selo de algum órgão regulador, como o do Inmetro ou do Niosh. Sem este selo, o usuário já sabe que o produto não recebeu aprovação, não passou por testes e não é possível atestar a sua capacidade de filtragem de pelo menos 95% das partículas transportadas pelo ar.

Mais características importantes de uma máscara aprovada

Continua após a publicidade
  • Além do selo, a máscara deve carregar outras informações, como marcações que indiquem lote, fabricante e designação da classificação do filtro;
  • Na embalagem do produto, deve haver a identificação do fabricante, a classe do respirador, pictogramas ou outras instruções de uso sobre armazenamento, data de fabricação e validade;
  • Cuidado com erros de ortografia e digitação nessas informações, já que podem ser considerados como um indicativo de falsificação;
  • Em caso de dúvidas, é possível checar se o fabricante já comercializa, possui regularização ou certificação de conformidade em outros países; 
  • A presença de tecidos ou elementos decorativos, como lantejoulas, não é aprovada em máscaras N95/PFF2;
  • Preste atenção no modelo da máscara, pois ele deve conter tiras de fixação. Estes produtos não foram aprovadas com alças que se fixam nas orelhas, já que isso pode comprometer a vedação necessária para a adequada filtragem;
  • Informações de que o produto seria, supostamente, aprovado para crianças configura como falsificação ou pelo menos má-fé do vendedor. Isso porque o Niosh não aprova esses produtos com testes em crianças; 
  • Em compras online, títulos que classificam as máscaras como “genuínas”, “verdadeiras” ou "originais" podem levantar suspeitas sobre a origem do produto. Afinal, não é necessário reafirmar autenticidade, quando todas as informações anteriores estão corretas.

Como checar e denunciar informações sobre máscaras falsas?

Para entender se uma máscara N95/PFF2 está aprovada no Brasil, é possível checar, diretamente, no site do Inmetro. Para isso, o usuário deve entrar na página específica de produtos e selecionar na "Classe de Produto" a seguinte opção: “Equipamento de Proteção Individual – Peça semifacial filtrante para partículas”. Também é possível fazer a consulta pelo nome do fabricante. Para conferir, clique aqui.

Continua após a publicidade

Após todas as dicas compartilhadas, se o usuário identificar uma máscara que considera falsa e/ou que não cumpre os requisitos listados, é possível fazer uma denúncia à Ouvidoria da Anvisa através de formulário eletrônico com o máximo de informações (sobre produto, fornecedor e fabricante, bem como fotos e laudos), de modo que possa ser realizada a avaliação. Para acessar o formulário, clique aqui.

Fonte: Anvisa e CDC