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Março azul-marinho: tudo que sabemos sobre o câncer colorretal

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Março de 2023 às 17h21

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JoPanwatD/Envato
JoPanwatD/Envato

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de cólon e reto ou câncer de intestino, é um dos tipos de tumor mais comuns no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar da elevada incidência, os principais sintomas e formas de prevenção são pouco conhecidos, o que deve mudar com as campanhas de conscientização do março azul-marinho.

Vale destacar que, nos últimos meses, diferentes celebridades também compartilharam publicamente diagnósticos de câncer de intestino, como a cantora Preta Gil, de 48 anos, além dos ex-jogadores de futebol, Pelé e Roberto Dinamite, que faleceram em decorrência da doença. Medidas como essas são fundamentais, considerando que o diagnóstico precoce pode salvar vidas.

Aqui, também cabe dimensionar o quão comum a doença é no país. Para este ano, o Inca estima que 45,6 mil pessoas serão diagnosticadas com o câncer colorretal — o risco estimado é de 21 casos para cada 100 mil brasileiros. Para estes indivíduos, quanto mais cedo buscarem por ajuda médica, maiores serão as chances de cura.

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Quem é mais afetado pelo câncer colorretal?

Na maioria dos casos, o câncer colorretal afeta pessoas a partir dos 50 anos e este risco tende a aumentar com o avanço da idade. No entanto, casos do tumor também estão aumentando entre os mais jovens, segundo estudo publicado na revista científica CA: A Cancer Journal for Clinicians. Liderada por pesquisadores da Sociedade Americana contra o Câncer (ACS), a pesquisa sobre a incidência de câncer de intestino revela que "um em cada cinco novos casos ocorre em indivíduos com 50 anos ou menos".

Quais são os sintomas do câncer de cólon e reto?

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"Apesar da doença ser muitas vezes silenciosa, o paciente deve observar se há alteração nos hábitos intestinais", explica o oncologista Artur Ferreira, da Oncoclínicas São Paulo. Entre os sinais e sintomas mais comuns dos estágios iniciais da doença, o especialista destaca:

  • Constipação (intestino preso);
  • Diarreia
  • Estreitamento das fezes por alguns dias (obstrução intestinal);
  • Ausência da sensação de alívio após a evacuação, como se ainda tivesse fezes para sair;
  • Nódulo no abdômen;
  • Sangue nas fezes;
  • Cólica;
  • Dor abdominal;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Sangramento retal;
  • Fraqueza;
  • Sensação de fadiga.

É importante explicar que estes sintomas devem acender um sinal vermelho para o paciente e levá-lo a buscar atendimento médico. No entanto, não é porque ele apresenta alguns ou vários itens desta lista que o indivíduo está com câncer colorretal. Todas as possíveis causas devem ser investigadas antes do diagnóstico oncológico ser fechado.

Como é feito o diagnóstico deste tipo de câncer?

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Quando o paciente chega ao consultório com alguma queixa relacionada ao intestino ou passa por algum tipo de triagem, o médico irá analisar o histórico daquele indivíduo para entender possíveis riscos. Inclusive, é comum que o profissional analise o abdômen, através do toque, para investigar eventuais nódulos, órgãos aumentados ou anormalidades na região. O especialista também pode solicitar o exame digital retal (toque retal).

"Além do exame físico e digital, pode ser pedido exames de sangue e fezes, biópsia, colonoscopia e de imagem, como raio-X, ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e PET Scan", explica o médico.

Conheça cada fase do câncer colorretal

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Após o diagnóstico, é preciso descobrir em qual fase do câncer de intestino o paciente está. Dependendo do estágio identificado, as chances de cura (remissão) são maiores ou menores. A seguir, confira quais são os quatro principais estágios:

  • Estágio I: o tumor é identificado na mucosa (IA) ou na camada muscular (IB) do cólon ou reto, mas não há comprometimento dos linfonodos (gânglios);
  • Estágio II: o tumor confinado à serosa que reveste o cólon ou reto (IIA) ou que atingiu órgãos vizinhos (IIB), sem afetar os linfonodos (gânglios);
  • Estágio III: o tumor já compromete os linfonodos próximos do cólon ou reto;
  • Estágio IV: Aqui, já existe comprometimento de órgãos distantes (metástase).

Ponto interessante relacionado é que a doença pode ser identificada em uma fase pré-câncer. "Diferente do câncer de mama, por exemplo, onde a doença é identificada geralmente em fase inicial com os exames de rotina, o tumor colorretal pode ser descoberto na fase pré-cancerosa com a colonoscopia", comenta Ferreira.

Nestes casos, o paciente passa por uma cirurgia de remoção dos pólipos, que podem surgir na parede interna do intestino grosso. "A boa notícia é que quando as lesões são precocemente removidas, o aparecimento do câncer pode ser evitado", explica.

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Tratamentos disponíveis contra a doença

O tratamento de um caso de câncer de intestino depende, entre outros fatores, do estágio da doença. Dependendo do caso, a terapia pode ser localizada (age diretamente no tumor, sem afetar outras partes do corpo) ou sistêmica (generalizada):

  • Tratamentos localizados: cirurgia de remoção, radioterapia, embolização ou ablação. Estes são prescritos quando a doença está em estágio inicial ou os tumores são pequenos, sem metástase;
  • Tratamentos sistêmicos: quimioterapia, imunoterapia ou terapias-alvo. Normalmente, são usados quando a doença está mais avançada e podem ser aplicados na veia (terapias endovenosas) ou por via oral (comprimidos).

Como prevenir o câncer de intestino?

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No caso do câncer de cólon e reto, os hábitos e estilo de vida do paciente têm bastante influência no aumento de risco. Neste contexto, existem algumas medidas que podem diminuir o risco da doença, como:

  • Adotar uma alimentação saudável (rica em fibras);
  • Evitar o consumo de carnes vermelhas e de alimentos ultraprocessados;
  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Não beber em excesso;
  • Não fumar;
  • Tratamentos em casos de obesidade;
  • Cuidado de doenças pré-existentes, como doença de Crohn ou colite ulcerativa.

Paciente com diagnóstico de câncer colorretal tem cura?

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Embora a incidência deste tipo de câncer esteja aumentando entre os brasileiros, a chance de cura é alta, especialmente se o diagnóstico for feito de forma precoce. Por isso, é tão importante a conscientização sobre o tumor e dos possíveis indicadores da doença, como é feito durante a campanha do março azul-marinho.

Vale sempre lembrar que, em caso de dúvidas, sintomas relacionados ao câncer de intestino ou de suspeita deste tipo de tumor, é essencial que o paciente busque por atendimento médico especializado. O diagnóstico é o que vai determinar o melhor tratamento para aquele caso.

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Fonte: Com informações: CA e Inca