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Marca-passo sem bateria? Invento chinês quer usar energia do próprio coração

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Agosto de 2021 às 08h30

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Ulrike Leone/Pixabay
Ulrike Leone/Pixabay

Importante aliado para pessoas com doenças cardíacas, o marca-passo monitora o ritmo dos batimentos e também estimula o coração. Assim, os usuários conseguem evitar que os batimentos caiam para um nível menor do que o considerado ideal. No entanto, os modelos disponíveis no mercado demandam uma bateria, que pode durar por pelo menos seis anos. Agora, pesquisadores chineses trabalham em uma nova versão, na qual o próprio coração alimenta o dispositivo.

As pesquisas sobre o marca-passo autossuficiente são lideradas por cientistas da Universidade Jiao Tong de Xangai, na China, e devem ser apresentadas na conferência virtual AIP Publishing Horizons - Energy Storage and Conversion, realizada entre os dias 4 e 6 de agosto.

No evento, o pesquisador Yi Zhiran apresentará de que forma este marca-passo, sem bateria, consegue coletar energia cinética do coração e, assim, alimentar o dispositivo. Por enquanto, a nova tecnologia está em fase de validação. Isso porque o maior desafio é desenvolver uma técnica que consiga obter energia suficiente para que o marca-passo funcione sozinho, por anos.

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Como funciona o marca-passo movido pelo coração?

No novo modelo de marca-passo, os pesquisadores planejam que a energia captada pela deformação da estrutura encapsulada seja suficiente para alimentar o dispositivo. Em outras palavras, o movimento do coração de pulsar geraria essa energia. “A principal diferença é o método de fornecimento de energia”, explica Yi sobre os outros marca-passas já existentes.

“O paradigma atual depende, principalmente, da bateria, o que limita o desenvolvimento de muitos dispositivos biomédicos implantáveis. Mas um marca-passo sem bateria é viável através do uso de tecnologia de coleta de energia do implante, que fornece um método de fornecimento de energia sustentável”, defende.

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No momento, a equipe de pesquisadores trabalha para superar algumas desvantagens do dispositivo, como a estabilidade de longo prazo in vivo, o método de implantação e a integração entre o chip de estimulação rígido e a unidade de coleta de energia flexível, antes de avançar para as próximas etapas. No entanto, a tecnologia pode se tornar acessível no futuro, acreditam os cientistas.

Fonte: Science Blog