Publicidade

Maranhão identifica 6 primeiros casos da variante indiana do coronavírus no BR

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Maio de 2021 às 14h50

Link copiado!

Viktor Forgacs/Unsplash
Viktor Forgacs/Unsplash

Nesta quinta-feira (20), o Instituto Evandro Chagas (IEC) — órgão ligado a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) — confirmou os primeiros 6 casos da variante indiana do coronavírus SARS-CoV-2 no Brasil. A linhagem B.1.617 do vírus da COVID-19 foi identificada em seis tripulantes no navio MV SHANDONG DA ZHI, que está ancorado no estado Maranhão.

"Vale ressaltar que são os primeiros casos desta variante [da Índia] no Brasil, contudo tratam-se de casos importados e as medidas de contenção estão sendo executadas pelos órgãos competentes", destacou o IEC, em nota. Com isso, o instituto esclarece que os pacientes da COVID-19 não foram infectados no país e que, até onde se sabe, não há circulação comunitária da variante. A embarcação saiu originalmente de Hong Kong, mas a última parada foi na cidade do Cabo, na África do Sul.

Para confirmar que os tripulantes da embarcação estavam infectados com a variante da Índia do coronavírus, foi feito o sequenciamento genômico de cada suspeito presente na embarcação. Esta investigação individual foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios da Seção de Virologia do IEC.

Continua após a publicidade

É importante explicar que a linhagem B.1.617 do coronavírus foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como sendo uma variante de preocupação (VOC - Variant of Concern). No caso indiano, a linhagem já possuí três sub-linhagens (B.1.617.1, B.1.617.2 e B.1.617.3). No Brasil, as seis amostras confirmadas são da sub-linhagem B.1.617.2. Essa tem se dispersado com mais eficácia atualmente, já tendo sido descrita em diversos países ao redor do mundo, segundo o IEC.

Segundo nota da Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Maranhão, "a SES relembra que toda tripulação do navio permanece em quarentena e isolada em cabines individuais". A exceção ocorre apenas para os casos que precisam de acompanhamento, o que ocorre em "hospital da rede privada".

Entenda como a variante do coronavírus da Índia chegou ao Brasil

Continua após a publicidade

Para entender o caso do navio MV SHANDONG DA ZHI, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) notificou um caso da COVID-19 na tripulação e, dessa forma, amostras foram coletadas de tripulantes com suspeita da doença. No total, foram coletadas amostras de secreção respiratória de 24 tripulantes, sendo que 15 estavam positivas para o coronavírus SARS-CoV-2.  Entre as amostras positivas no ensaio de RT-qPCR, seis atendiam os critérios para a realização da investigação da linhagem viral.

Dessa forma, a equipe do IEC realizou o sequenciamento genômico delas através da Plataforma MiniSeq – Illumina. Em seguida, foi feita uma análise de bioinformática dos dados e a submissão das sequências geradas para a plataforma Pangolin (Phylogenetic Assignment Of Named Global Outbreak Lineages) v 2.4.2. Assim, foi possível classificá-las como sendo da variante indiana.

Para acessar a nota técnica, publicada pelo IEC após a análise genômica das amostras, clique aqui.

Fonte: IEC e SES