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Mapa da USP mostra que coronavírus atingiu todos os bairros de SP

Por| 10 de Junho de 2020 às 14h41

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Reprodução/LabCidade
Reprodução/LabCidade

Se uma pessoa pegar os casos de internações por COVID-19 e cruzar com algum CEP da cidade de São Paulo, é possível saber onde estão concentrados os casos da doença. Foi exatamente isso que fez um grupo de pesquisadores do LabCidade, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). 

O time usou os dados do DATASUS sobre os pacientes hospitalizados confirmados com COVID-19, bem como para os diagnosticados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Com o CEP destas pessoas, foi possível criar um mapa mais preciso, mostrando especificamente em quais ruas houve casos de pessoas hospitalizadas ou com COVID-19 ou com SRAG. 

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O mapeamento também apresenta ilhas de calor nas regiões em que há maior número de pessoas hospitalizadas. Segundo Raquel Rolnik, uma das coordenadoras do trabalho, a contabilização de SRAG entrou no levantamento pois pode indicar casos em que existam substantificações de COVID-19, uma vez que a doença só é confirmada quando há testes. 

“Os dados de hospitalização mostram que a epidemia está espalhada por toda a cidade. Não existe uma região ou bairro que esteja livre. Eles também indicam que uma análise dual ou homogênea não funciona. A questão é mais complexa, pois existem periferias mais e menos atingidas, assim como bairros centrais ou consolidados muito ou pouco afetados. Além disso, as ações para as distintas configurações territoriais precisam ser diferentes, pois as demandas, assim como as condições, são distintas”, diz Rolnik.

No mapa, há dados de hospitalizações de COVID-19 e SRAG em 25 municípios da região metropolitana de São Paulo. A pesquisadora também ressalta que o trabalho é realizado com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, sendo que a atualização depende do fluxo destes números. 

O grupo também enfatiza que os dados são anonimizados, sendo que somente o CEP dos pacientes foi usado para o levantamento.

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Fonte: Agência Fapesp