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Linfoma | 58% dos diagnósticos são feitos em estágio avançado

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Setembro de 2022 às 13h56

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Halfpoint/Envato
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Nesta quinta-feira (15), organizações médicas, governos e pacientes promovem o Dia Mundial de Conscientização Sobre Linfomas. Por ano, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que sejam diagnosticados 2.640 casos de linfoma de Hogdking e 12.030 de linfoma não Hodgking — as duas categorias mais comuns de câncer no sistema linfático. Apesar do elevado número de casos, a maioria dos diagnósticos é tardio.

Desenvolvido pelo Observatório de Oncologia, um levantamento observou que cerca de 58% dos pacientes descobrem o linfoma em estágio avançado, o que dificulta o sucesso do tratamento. Na pesquisa, foram usados dados coletados entre 2008 e 2018. Entre homens, a descoberta deste câncer é tardia em 60% dos casos, enquanto nas mulheres, o índice caí para 57%.

Atualmente, o objetivo das campanhas de saúde é aumentar a conscientização sobre os linfomas, já que este tipo de câncer tem alto potencial curativo. "O diagnóstico precoce é fundamental para alcançar o êxito no processo terapêutico, por isso o esclarecimento à população é essencial", afirma a médica Mariana Oliveira, oncohematologista da Oncoclínicas São Paulo.

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Qual é a diferença entre o linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin?

Entre os tipos de linfomas, os de Hodgkin e não-Hodgkin são os mais comuns. De forma geral, o primeiro grupo se espalha de forma ordenada no organismo, indo de um grupo de linfonodos para o outro, o que não acontece em pacientes diagnosticados com o câncer do segundo tipo, segundo o Inca.

Outra diferença é a idade da população mais atingida por cada uma destas categorias de câncer, como podemos observar a seguir:

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  • Linofoma de Hodgkin:este câncer afeta em especial jovens entre 15 e 25 anos e, em menor escala, adultos na faixa etária de 50 a 60 anos. É o tipo mais raro;
  • Linfoma não-Hodgkin: o principal grupo de risco é composto por pessoas na terceira idade, ou seja, aqueles com mais de 60 anos.

Quais são os sintomas do linfoma?

Segundo a médica e hematologista Oliveira, os principais sintomas do linfoma são:

  • Aumento dos gânglios linfáticos (linfonodos ou ínguas) nas axilas, na virilha e/ou no pescoço;
  • Dor abdominal;
  • Perda de peso;
  • Fadiga;
  • Coceira no corpo;
  • Febre.
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Em alguns casos, os linfomas podem acometer alguns órgãos específicos, como baço, fígado, medula óssea, estômago, intestino, pele e cérebro. Por isso, é sempre importante buscar ajuda médica, quando sinais e sintomas desconhecidos afetam, de forma contínua ou repetidamente, o organismo.

Inclusive, por causa do inchaço dos gânglios, reações adversas a algumas vacinas contra a covid-19 chegaram a ser confundidas com linfomas. No entanto, descobriu-se que não tinham nenhuma relação.

Como é o tratamento contra esse câncer?

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Não existe uma regra geral para o tratamento dos linfomas. Isso porque cada caso de câncer deve ser analisado individualmente e também são consideradas as características do paciente. "As duas categorias — Hodgkin e não-Hodgkin —, apresentam outros subtipos específicos, com características clínicas diferentes entre si e prognósticos variáveis. Por isso, o tratamento não segue um padrão, mas usualmente consiste em quimioterapia, radioterapia ou a combinação de ambas as modalidades", explica a médica Oliveira.

Além disso, alguns pacientes podem ser beneficiados por terapias alvo-moleculares, ou seja, aquelas que têm como meta do ataque uma molécula da superfície do linfócito doente. "Feitas em laboratório, estas proteínas atuam como se fosse um ‘míssil teleguiado’ — que reconhece e destrói a célula cancerosa do organismo", detalha.

Em casos mais graves, é possível que a equipe médica indique o transplante de medula óssea. Outra opção mais recente é o autotransplante, em que o paciente passa por sessões de quimioterapia e, em seguida, recebe infusão da sua própria medula.

A imunoterapia também pode ser uma alternativa. "De forma bastante simplificada, podemos dizer que os imunoterápicos desativam os receptores dos linfócitos e, assim, permite que as células doentes sejam reconhecidas. Isso faz com que o organismo volte a combater o tumor — sem causar efeitos colaterais comuns a outras medicações habitualmente adotadas nos processos terapêuticos", completa a médica.

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Fonte: Com informações: Inca (1) e (2)