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Reação de vacina da COVID pode ser confundida erroneamente com câncer; entenda

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Julho de 2021 às 14h50

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Pressmaster/Envato Elements
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AVISO: uma reação adversa da vacina contra a COVID-19 pode ser confundida ERRONEAMENTE com um quadro de câncer de mama, mas o imunizante NÃO estimulou a formação de um tumor em nenhum caso relatado

Com o aumento do número de pessoas vacinadas contra o coronavírus SARS-CoV-2, a tendência é de que mais casos de reações adversas, independente do grau, sejam relatados. Até agora, os efeitos mais comuns da vacinação contra a COVID-19 são: febre; mal-estar; e dor de cabeça. No entanto, algumas reações fogem desse "lugar-comum" e podem ser diagnosticadas, de forma equivocada, como uma suspeita de câncer de mama.  

De acordo com estudo publicado na revista científica American Journal of Roentgenology, foram observados casos de linfonodos axilares — inchaço nas axilas — após aplicação da primeira e/ou da segunda doses das vacinas de mRNA (RNA mensageiro) contra a COVID-19 em alguns pacientes. No entanto, os relatos de alteração na região e o aparecimento dos linfonodos acenderam um alerta em mulheres e centros de imagem, já que o quadro poderia ser entendido como uma suspeita de câncer de mama.

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Reação à vacina X câncer de mama  

A confusão entre a reação adversa e o câncer de mama ocorre porque pode surgir um inchaço na região da axila, o que acaba sendo confundido com um linfoma cancerígeno. Segundo os estudos, esta reação foi identificada nos casos dos imunizantes da Moderna e da Pfizer/BioNTech. 

No levantamento, 11,6% dos imunizados com a fórmula da farmacêutica Moderna relataram nódulos linfáticos inchados após a primeira dose e 16% observaram o sintoma após a segunda dose. Agora, nos vacinados com a vacina da Pfizer/BioNTech, a taxa foi de apenas 0,3% ao longo do processo todo.

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"É comum que os gânglios linfáticos apareçam no mesmo lado em que a vacina foi aplicada, como efeito colateral, em até 4 semanas após o recebimento de uma ou das duas doses", explica Vivian Milani, médica radiologista especializada em mamas da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI). Inclusive, estes casos podem aparecer em exames de imagem como mamografias, tomografias computadorizadas ou ressonância magnética, sendo confundidos com falsos tumores.

Após identificar o gânglio, o que fazer?

No entanto, é necessário cautela ao se descobrir esses nódulos. "A resposta imunológica à vacina não indica alterações mamárias, muito pelo contrário. Trata-se de um acontecimento normal enquanto o corpo está construindo uma resposta imunológica para combater o vírus", afirma a radiologista.

De acordo com estudo sobre a reação, pacientes que observarem alguma reação do tipo, podem procurar seu médico para uma avaliação, mas a conduta a ser realizada é aguardar entre 4 e 6 semanas para realizar um novo exame de imagem e confirmar se os nódulos axilares desapareceram ou involuíram.

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Exames para câncer de mama

Sobre o câncer de mama, Milani ressalta a importância de que mulheres com mais de 40 anos realizem, anualmente, a mamografia. Antes desta idade, o indicado é passar pelo ultrassom também anual das mamas. Além desses exames, o autoexame é um importante aliado na prevenção. Com essas estratégias, é possível ter maior segurança contra a doença.

No atual cenário da pandemia da COVID-19 e da vacinação em massa, a radiologista destaca a importância de centros de imagem verificarem se as pessoas foram vacinadas antes da realização de exames, no intuito de evitar o susto com possíveis linfonodos axilares. Dessa forma, é possível evitar surpresas desagradáveis para as pacientes.

Nas últimas semanas, foram publicados dois artigos no American Journal of Roentgenology (AJR) sobre a reação adversa da vacinação de mRNA que pode ser confundida com câncer de mama. Para acessá-los, clique aqui e aqui.