KFC vai testar nugget de frango impresso em 3D em laboratório

O KFC, rede de alimentos especializada em frango frito, está se juntando a uma empresa russa para criar carne em laboratório, usando impressora 3D. Em comunicado, a companhia informa que o objetivo é produzir seus nuggets de frango usando carne bioimpressa. 

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A companhia está trabalhando com a empresa 3D Bioprinting Solutions, com o objetivo de recriar carne de frango em laboratório. “Nosso experimento é testar tecnologia de bioimpressão em 3D ara produzir produtos de frango que podem ajudar a resolver problemas iminentes globais”, aponta Raisa Polyakova, gerente geral da companhia na Rússia. 

Segundo comunicado, o país será o primeiro a testar a novidade que, se bem aceita, será então exportada para o resto do mundo. O produto deve chegar ao mercado locai já no próximo trimestre. 

O KFC disse que está conseguindo recriar a textura e gostos semelhantes ao de carne de frango convencional sem o sacrifício de animais. O processo, contudo, envolve usar células de frango conjunta a de plantas para a reprodução do nugget. Assim, a companhia não posiciona o produto como vegetariano, mas apenas "sem sacrifício animal". 

A técnica começou a ser usada na medicina para estudos de recriação de órgãos e partes do corpo em casos nos quais há necessidade de transplante. A empresa russa usa um processo semelhante para os nuggets. 

“Tecnologias de bioimpressão em 3D são amplamente reconhecidas na medicina e estão ganhando popularidade na produção de comidas, como a de carne. No futuro, o desenvolvimento rápido de tais tecnologias nos permitirão fazer carne impressa em 3D muito mais acessível e esperamos que a tecnologia criada nesta cooperação com o KFC possa acelerar o lançamento de carne baseada em células animais”, explica Yusef Khesuani, cofundador da 3D Bioprinting Solutions.

Segundo pesquisas apresentadas pelo KFC, a produção ajuda a diminuir a necessidade de energia e terra, em comparação à criação animal. O trabalho, apresentado no American Environmental Science & Technology Journal, aponta que há metade do gasto energético, usando 100 vezes menos espaço de terra para isso.

Fonte: KFC