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Estudo aponta implantação de 195 robôs focados em ajudar durante a pandemia

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Divulgação/Human Robotics
Divulgação/Human Robotics

Desde março, já tínhamos visto robôs ajudando na luta contra o coronavírus. E nesta terça-feira (14), foi publicado um estudo de pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona e da Universidade Pompeu Fabra, referente à utilização de robôs em decorrência da pandemia. Ao todo, de acordo com essa pesquisa, mais de 195 robôs de 66 modelos diferentes foram implantados em hospitais, centros de saúde, aeroportos, edifícios de escritórios e outros espaços públicos e privados em 35 países, como China, EUA, Tailândia e Hong Kong.

O estudo aponta o uso de robôs que desempenham funções que atendem diretamente à necessidade do distanciamento e isolamento, como suporte à equipe hospitalar e entrega de comida. "As medidas físicas de distanciamento e isolamento adotadas em todo o mundo para conter a propagação da pandemia da COVID-19 e oferecem uma oportunidade sem precedentes para os robôs serem implementados em ambientes reais", escreveram os pesquisadores. De acordo com eles, o papel crítico que os robôs podem desempenhar na área da saúde durante situações de desastre tem sido destacado há muito tempo.

Os co-autores chamam esses robôs, capazes de se comunicar e direcionar sugestões para os humanos, de "robôs sociais". Para identificar implantações relacionadas com a pandemia, os pesquisadores analisaram mais de mil fontes entre março e junho, incluindo meios de comunicação, blogs de tecnologia, sites de desenvolvedores de robôs e contas de mídias sociais, documentos e relatórios de pesquisa, estudos de caso e publicações de organizações de robótica nacionais e internacionais. Eles criaram um banco de dados com todas as implantações que atendiam a um conjunto de critérios de inclusão e classificaram cada uma de acordo com os nomes, recursos e ambientes físicos dos robôs.

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Os hospitais lideraram a lista, com 104 robôs implantados no total, seguidos por casas de repouso (24), transporte (13), escolas e universidades (9), aeroportos (8), hotéis (8), parques e ruas (8), restaurantes (6), escritórios (5), shoppings (5), lojas (3) e postos de controle de rodovias (1). Em termos geográficos, a China teve a maior concentração, com 56 implantações, seguidas pelos EUA (34), Tailândia (20), Bélgica (14), Hong Kong (13), Índia (10) e Holanda (5).

42 dessas 195 implantações envolveram empregar robôs para tarefas relacionadas a recepção, como registro de pacientes ou clientes, check-ins e check-outs sem contato e agendamento de consultas, e outras tarefas eram direcionadas ao pré-diagnóstico e monitoramento de pacientes com COVID-19. Mas uma das aplicações mais comuns era fazer com que pacientes e residentes de asilos mantivessem contato com os membros da família.

“Os robôs sociais estão desenvolvendo um papel de destaque nos hospitais, onde contribuem para reduzir a carga de trabalho e garantir a segurança da equipe. Eles também ganharam aceitação como companheiros sociais para amenizar os efeitos do isolamento, especialmente em lares de idosos", apontam os pesquisadores.

Enquanto isso, 94 implantações (de 36 modelos diferentes de robôs) estavam relacionadas à entrega, levando comida para os clientes de forma autônoma durante a pandemia. Um número maior de implantações (118) foi dedicado a fornecer conselhos de segurança, impor medidas de proteção e desinfetar. Por fim, 63 implantações procuraram promover o bem-estar físico e psicológico das pessoas, com entretenimento ou orientação médica. Os pesquisadores afirmam que as implantações já levaram a uma maior aceitação dos robôs pelos humanos.

Fonte: Universidade Autônoma de Barcelona via Venture Beat