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Jovem morre após comer macarrão "guardado" por 5 dias fora da geladeira

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Agosto de 2023 às 17h26

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 tycoon101/envato
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Comer algo guardado, por horas ou mesmo dias, fora da geladeira pode parecer um hábito inofensivo, mas só parece. É o que revela o caso de um jovem, de 20 anos, que morreu após comer um macarrão que permaneceu por cinco dias na temperatura ambiente. Na porção, tinha se proliferado a bactéria Bacillus cereus, conhecida por desencadear a Síndrome do Arroz Frito.

Embora o caso de infecção bacteriana grave, descrito na revista científica Journal of Clinical Microbiology, tenha ocorrido após o consumo de macarrão, os casos da síndrome que pode ser letal são mais comuns envolvendo o arroz. A intoxicação alimentar costuma ser grave.

Entenda o caso associado ao macarrão estragado

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O acidente envolvendo a morte de um jovem saudável, após o consumo de comida estragada, aconteceu em Bruxelas, na Bélgica. Por algum motivo não mencionado, o garoto deixou para fora da geladeira, por dias, uma travessa de espaguete, da qual ele ainda se alimentava.

Naquele fatídico quinto dia do preparo, ele teria esquentado um prato de macarrão no micro-ondas, almoçou e saiu de casa para praticar atividades físicas. Em cerca de 30 minutos, os médicos da Université Libre de Bruxelles contam que ele precisou voltar para casa com urgência.

A emergência foi motivada pelos primeiros sintomas gastrointestinais da infecção pela bactéria Bacillus cereus, como vômitos, dores abdominais e dor de cabeça. As complicações, incluindo diarreias, se prolongaram pelo resto do dia, apesar disso, o jovem não se medicou e nem buscou ajuda médica especializada. Ele optou por apenas beber água.

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Na manhã seguinte, às 11h, os pais dele foram ver o que tinha acontecido, quando perceberam que ele não tinha saído do quarto e nem ido para as aulas. Naquele momento, ele já estava morto. A hora estimada da morte foi às 4h, 10h depois da refeição, segundo o exame de necropsia.

Como a bactéria provocou uma morte tão rápida?

Para investigar as causas da morte, o corpo, como já mencionado, passou por exame cadavérico. Enquanto isso, amostras do espaguete, do molho e de fezes foram enviadas para o Laboratório Nacional de Referência para Surtos de Origem Alimentar (NRLFO).

Segundo os médicos, o paciente tinha desenvolvido necrose hepática, indicando que o fígado parou de funcionar em consequência da infecção bacteriana. Em paralelo, foram identificados sinais de pancreatite aguda.

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Agora, as amostras de fezes e do macarrão demonstraram a presença da bactéria potencialmente mortal. As concentrações da bactéria estavam altas e de suas toxinas, como a cereulide, também, o que deve ter desencadeado a morte em tão pouco tempo. Para ser mais preciso, foram encontrados 14,8 μg da toxina para cada grama de macarrão, o que é extremamente alto.

Para os autores, a gravidade do quadro é explicada pelo longo período que as bactérias tiveram para se proliferar no alimento — elas sobrevivem à fervura e se proliferam em temperatura ambiente ou quente. No total, foram 120 horas, o que, com certeza, impactou o desfecho. Diferente deste relato, nem sempre os casos da Síndrome do Arroz Frito são mortais.

Vale lembrar que, além de manter os alimentos na geladeira — o que contém a velocidade de proliferação da maioria dos patógenos —, existem outras medidas importantes que podem ser adotadas na cozinha para preservar a saúde. Inclusive, o Canaltech já listou as mais valiosas, como não lavar o frango cru na pia.

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Fonte: Journal of Clinical Microbiology