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Índia solicita remoção de conteúdos sobre "variante indiana" das redes sociais

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Maio de 2021 às 15h20

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Diante da associação entre a variante B.1.617 do coronavírus SARS-CoV-2 e o seu local de origem — o estado de Maharashtra, na Índia —, o governo indiano solicitou que referências ao termo "variante indiana" do vírus da COVID-19 fossem removidas das redes sociais. O pedido foi feito através de uma carta, publicada pelo Ministério de Tecnologia da Informação na última sexta-feira (21). 

Na carta, as autoridades indianas pedem que as redes sociais removam este tipo de conteúdo, porque ele não seria correto e não é o padrão adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "Isso é completamente falso",  afirma a carta sobre o termo adotado para classificar a variante popularmente.

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OMS anunciou que a variante B.1.617 é uma variante de preocupação (VOC – Variant of Concern) internacional, no começo deste mês. Até agora, outras variantes do tipo já foram divulgadas, como a B.1.35 (identificada pela primeira vez na África do Sul) e a P.21 (encontrada inicialmente me Manaus, no Brasil). No entanto, a defesa é que a cepa não seja mais relacionada com o seu lugar de origem, de forma genérica.

Sistema da Índia enfrenta a crise da COVID-19

Segundo uma fonte da agência internacional de notícias Reuters, o aviso foi uma tentativa do governo indiano em sinalizar que menções à "variante indiana" podem espalhar mal-entendidos e prejudicam a imagem externa no país. Por exemplo, outras nações interromperam voos para o país diante do receio de que ocorresse a transmissão da variante B.1.617.  

Além disso, a Índia enfrenta críticas sobre a condução da pandemia da COVID-19. Inclusive, os indianos internados com o coronavírus já sofreram com o desabastecimento de oxigênio nos hospitais e óbitos foram relatados. A situação foi similar ao que ocorreu no estado de Manaus, em janeiro deste ano

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Em paralelo, foi notificada uma escassez de espaços para cremar os mortos, incluindo os elevados números de óbitos da COVID-19. Na capital, os crematórios foram forçados a construir piras funerárias improvisadas

Fonte: G1