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Índia solicita remoção de conteúdos sobre "variante indiana" das redes sociais

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Diante da associação entre a variante B.1.617 do coronavírus SARS-CoV-2 e o seu local de origem — o estado de Maharashtra, na Índia —, o governo indiano solicitou que referências ao termo "variante indiana" do vírus da COVID-19 fossem removidas das redes sociais. O pedido foi feito através de uma carta, publicada pelo Ministério de Tecnologia da Informação na última sexta-feira (21). 

Na carta, as autoridades indianas pedem que as redes sociais removam este tipo de conteúdo, porque ele não seria correto e não é o padrão adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "Isso é completamente falso",  afirma a carta sobre o termo adotado para classificar a variante popularmente.

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OMS anunciou que a variante B.1.617 é uma variante de preocupação (VOC – Variant of Concern) internacional, no começo deste mês. Até agora, outras variantes do tipo já foram divulgadas, como a B.1.35 (identificada pela primeira vez na África do Sul) e a P.21 (encontrada inicialmente me Manaus, no Brasil). No entanto, a defesa é que a cepa não seja mais relacionada com o seu lugar de origem, de forma genérica.

Sistema da Índia enfrenta a crise da COVID-19

Segundo uma fonte da agência internacional de notícias Reuters, o aviso foi uma tentativa do governo indiano em sinalizar que menções à "variante indiana" podem espalhar mal-entendidos e prejudicam a imagem externa no país. Por exemplo, outras nações interromperam voos para o país diante do receio de que ocorresse a transmissão da variante B.1.617.  

Além disso, a Índia enfrenta críticas sobre a condução da pandemia da COVID-19. Inclusive, os indianos internados com o coronavírus já sofreram com o desabastecimento de oxigênio nos hospitais e óbitos foram relatados. A situação foi similar ao que ocorreu no estado de Manaus, em janeiro deste ano

Em paralelo, foi notificada uma escassez de espaços para cremar os mortos, incluindo os elevados números de óbitos da COVID-19. Na capital, os crematórios foram forçados a construir piras funerárias improvisadas

Fonte: G1