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Imunidade em xeque: homem pega COVID-19 novamente, porém de forma mais grave

Por| 14 de Outubro de 2020 às 07h30

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Christo Anestev/Pixabay
Christo Anestev/Pixabay

Se a COVID-19 já é responsável por muita preocupação e muitas dúvidas, a reinfecção é um alvo ainda maior de alertas e questionamentos. Recentemente, um caso específico de um norte-americano que teve a segunda infecção muito mais grave do que a primeira realçou essas questões, principalmente as que envolvem imunidade.

O caso é o seguinte: com 25 anos, o paciente foi parar no hospital  porque seus pulmões não conseguiam captar oxigênio suficiente para o corpo, mas conseguiu se recuperar novamente. O ocorrido foi responsável pela realização de um estudo publicado na revista científica Lancet Infectious Diseases, que trouxe questões sobre quanta imunidade pode ser constituída para o vírus, considerando principalmente que o paciente não tinha comorbidades ou problemas de imunidade que o tornassem particularmente vulnerável para a doença.

Para os pesquisadores, esse paciente definitivamente contraiu a COVID-19 duas vezes (ou seja, não foi caso da doença ficar um tempo sem se manifestar e depois voltar). Para chegar a essa conclusão, analisaram o código genético do vírus em cada uma das ondas de sintomas, que se mostraram diferentes demais para terem sido causadas pela mesma infecção.

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Os especialistas por trás dessa análise apontam que ter tido a doença da primeira vez pode não necessariamente proteger contra futuras infecções, e que a possibilidade de reinfecções pode acarretar implicações significativas para o nosso entendimento da imunidade contra a COVID-19. A principal conclusão disso tudo é que mesmo as pessoas que foram infectadas precisam continuar seguindo as recomendações para manter a segurança.

Por enquanto, os cientistas estão focados em descobrir se alguém de fato se torna imune e se as pessoas que desenvolveram sintomas brandos da doença, para ter uma melhor noção de como o vírus vai afetar as pessoas a longo prazo.

Reinfecção de COVID-19

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Parece que foi ontem que começamos a falar sobre a COVID-19. No entanto, a essa altura, já se fala sobre reinfecção. Essa segunda preocupação começou em meados de agosto, quando um grupo de pesquisadores em Hong Kong, na China, relatou o primeiro caso confirmado de reinfecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). A Organização Mundial da Saúde (OMS) também afirmou que é possível a reincidência da COVID-19, conforme divulgado.

Durante a primeira infecção do coronavírus, esse homem de 33 anos, de Hong Kong, apresentou apenas sintomas leves da COVID-19. No segundo caso, nenhum sintoma da infecção foi verificado. O quadro só foi percebido porque o paciente retornou de uma viagem à Espanha e precisou fazer um teste.

Depois disso, na Bélgica e nos Países Baixos, país também conhecido por aqui como Holanda, dois pacientes foram diagnosticados com recontaminação pela COVID-19. Nos Países Baixos, o paciente reinfectado é um idoso com sistema imunológico debilitado. Já na Bélgica, segundo o virologista Marc Van Ranst, o paciente apresentou apenas sintomas leves.

"As reinfecções ocorrem devido a uma resposta escassa de anticorpos após a primeira infecção? Dos quatro casos de reinfecção relatados até o momento, nenhum dos indivíduos tinha deficiências imunológicas conhecidas. Atualmente, apenas dois indivíduos apresentavam dados sorológicos da primeira infecção e um apresentava anticorpo pré-existente (IgM) contra SARS-CoV-2. Devido à grande variedade de plataformas de teste sorológico usadas em todo o mundo, é impossível comparar os resultados de um ensaio para outro", aponta o estudo da Lancet.

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Fonte: The Lancet via BBC