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Fiocruz registra alta em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave pela COVID

Por| 27 de Novembro de 2020 às 15h00

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HwangMangjoo/Rawpixel
HwangMangjoo/Rawpixel

As taxas de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão subindo no Brasil, segundo o Boletim InfoGripe, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados da Semana Epidemiológica 47, referente aos dias 15 a 21 de novembro, mostram ainda que 97,7% das mortes por SRAG estão relacionadas ao SARS-CoV-2, o novo coronavírus.

O InfoGripe percebeu o aumento em 12 capitais do país, com tendência moderada alta a forte, e também em 21 das 27 unidades federativas. Nas últimas seis semanas, as capitais que mais observaram o crescimento forte foram Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Maceió (AL) e Salvador (BA), enquanto as que apresentaram crescimento moderado foram Brasília (DF), Curitiba (PR), Natal (RN), Palmas (TO), RIo de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

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Marcelo Gomes, pesquisador e coordenador do InfoGripe, diz que os novos dados mostram que houve a interrupção da queda de casos, consequentemente levando para a retomada do crescimento. Gomes relata ainda que todas as regiões brasileiras estão na zona de risco e com números altos de casos.

"Já foram reportados este ano 565.312 casos, sendo 309.507 (54,7%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 177.156 (31,3%) negativos e aproximadamente 45.184 (8%) aguardando resultado laboratorial. Levando em conta a oportunidade de digitação, estima-se que já ocorreram 587.765 casos de SRAG, podendo variar entre 580.332 e 599.467 até o término da semana 47", explica a Fiocruz em nota.

Gomes diz ainda que é essencial analisar os casos de SRAG para entender como está a situação do país em relação à pandemia. "Como muitas cidades do interior podem ter problemas de atraso nos testes, a notificação de novos casos confirmados pode ficar comprometida, mas as notificações de SRAG são um cenário mais próximo da realidade. A retomada de crescimento, desde a queda em julho, é clara", completa.

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Nesta semana, o Brasil registrou o maior aumento da taxa de transmissão da doença (Rt ou taxa R) desde maio, chegando a 1,3. O valor satisfátório, que significaria um possível controle da pandemia, sera menos de 1. Além disso, na última quarta-feira (24), o mundo bateu o recorde diário de mortes pela doença, ultrapassando a marca de 12.785 em apenas 24 horas.

Fonte: Fiocruz, Folha