FDA autoriza terapia de anticorpos da Regeneron para combater COVID-19
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |

Em meio à pandemia, empresas e instituições investem seus recursos no desenvolvimento de vacinas e medicamentos que possam ajudar na luta contra a COVID-19. Nisso, entram os anticorpos monoclonais, produzidos em laboratório com função de desativar o vírus após a infecção. E veja só: a FDA (Food and Drug Administration, uma agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA) emitiu uma autorização de uso emergencial para casirivimabe e imdevimabe — da farmacêutica Regeneron — a serem administrados juntos para tratar casos leves e moderados.
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Um ensaio clínico mostrou que casirivimabe e imdevimabe, administrados em conjunto, podem reduzir a hospitalização relacionada a COVID-19 ou visitas ao pronto-socorro em pacientes com alto risco de progressão da doença. No entanto, a segurança e eficácia dessa terapia no combate à COVID-19 continuam a ser avaliadas.
Para quem não está familiarizado com esses medicamentos, o casirivimabe e imdevimabe são injetáveis. O casirivimabe e o imdevimabe são fornecidos em embalagens e frascos separados, e podem ser rotulados como REGN10933 e REGN10987, respectivamente. A posologia autorizada é de 1200 mg de casirivimabe com 1200 mg de imdevimabe administrados em conjunto após um teste positivo para SARS-CoV-2, e dentro de dez dias após o início dos sintomas.
No entanto, vale apontar que o casirivimabe e o imdevimabe não estão autorizados para pacientes hospitalizados devido à COVID-19 ou que necessitem da utilização de oxigênio. “Autorizar essas terapias de anticorpos monoclonais pode ajudar os pacientes ambulatoriais a evitar a hospitalização e aliviar a carga em nosso sistema de saúde", disse a FDA, por meio de um comunicado.
Basicamente, os anticorpos monoclonais são proteínas feitas em laboratório que imitam a capacidade do sistema imunológico de combater patógenos nocivos, como vírus. O casirivimab e o imdevimab são anticorpos monoclonais especificamente dirigidos contra a proteína spike do SARS-CoV-2, concebidos para bloquear a ligação do vírus e a entrada nas células humanas.
“A autorização de uso emergencial desses anticorpos monoclonais administrados juntos oferece aos profissionais de saúde outra ferramenta no combate à pandemia”, garantiu Patrizia Cavazzoni, médica diretora do Centro para Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA.