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Anticorpos monoclonais: conheça o remédio que a Alemanha vai usar contra COVID

Por| 25 de Janeiro de 2021 às 14h50

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Christine Sandu/Unsplash
Christine Sandu/Unsplash

Frente à COVID-19, a ciência precisou se desdobrar para entender o funcionamento da doença e, eventualmente, produzir vacinas que fossem eficazes em proteger a população. Além da vacina, outra maneira de se proteger da doença seria a medicação, questão que acabou se mostrando delicada com o decorrer da pandemia. No último domingo (24), o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, anunciou que o governo local comprou um remédio contra o coronavírus, feito à base de anticorpos.

"A partir da próxima semana a Alemanha será o primeiro país da UE onde serão usados anticorpos monoclonais. Inicialmente isso ocorrerá em clínicas universitárias. O governo alemão comprou 200 mil doses por 400 milhões de euros", anunciou Spahn durante entrevista ao jornal Bild am Sonntag. A ideia é que esses medicamentos sejam distribuídos gratuitamente para hospitais especializados.

O que são anticorpos monoclonais?

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Basicamente, os anticorpos monoclonais são produzidos em laboratório com função de desativar o vírus após a infecção. Os anticorpos usados ​​são todos iguais (daí vem o nome "monoclonais") e atacam o vírus num determinado alvo. "De acordo com os estudos disponíveis, o medicamento pode ajudar a limitar a quantidade de vírus no corpo e, assim, ter uma influência positiva no curso da doença", disse uma porta-voz do ministério.

A ideia por trás do tratamento com anticorpos é ajudar pacientes adultos com sintomas leves ou moderados e com risco de agravamento da doença. "Eles funcionam como uma vacinação passiva. A administração desses anticorpos pode ajudar os pacientes de alto risco na fase inicial a prevenir formas graves da doença", contou Spahn, durante a entrevista ao jornal alemão. A administração da terapia acontecerá com base em uma avaliação individual de risco e benefício realizada pelo médico responsável pelo tratamento.

O Ministério da Saúde alemão garantiu contingentes do medicamento bamlanivimab, desenvolvido pela farmacêutica americana Eli Lilly e dos anticorpos casirivimab e imdevimab, da empresa americana Regeneron, que devem ser administrados simultaneamente. O Instituto Paul Ehrlich (PEI), órgão federal alemão encarregado de vacinas e medicamentos biomédicos, concluiu que é possível uma utilização na Alemanha após avaliação médica individual.

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Vale lembrar que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, foi tratado no início de outubro com o coquetel de anticorpos REGN-COV2, da Regeneron, cujo ingrediente ativo é uma combinação de dois anticorpos especialmente desenvolvidos que se ligam à chamada proteína espicular do coronavírus, a fim de deformar sua estrutura, impedindo que o patógeno ataque as células.

COVID-19 na Alemanha

Na última terça-feira (19), a Alemanha estendeu seu lockdown nacional até 14 de fevereiro, apesar de crescentes pedidos pela flexibilização de algumas medidas. Epidemiologistas do país afirmam que o debate sobre um relaxamento ainda é prematuro.

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Segundo Spahn, as restrições para contenção do coronavírus vão continuar até que haja uma vacinação disponível para todos os cidadãos. "Nós nos solidarizamos em meio a esta pandemia durante um ano. Agora, podemos muito bem seguir as regras pelos meses restantes até que todos possam ser vacinados", disse o ministro durante a entrevista ao jornal alemão.

Fonte: DW