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FDA aprova primeira vacina contra chikungunya

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Novembro de 2023 às 11h55

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CDC/James Gathany
CDC/James Gathany

Nos Estados Unidos, a agência regulatória Food and Drug Administration (FDA) aprovou, na quinta-feira (9), a primeira vacina que protege contra o vírus chikungunya, doença que pode ser transmitida pelo “mosquito da dengue” (Aedes aegypti). O imunizante Ixchiq é aplicado em dose única.

Conforme aponta a autorização de uso dos EUA, a vacina contra chikungunya é indicada para pessoas com mais de 18 anos que morem próximas de áreas endêmicas para a infecção, que provoca febre e dor nas articulações, podendo ser mortal.

A vacina Ixchiq é desenvolvida pela empresa de biotecnologia europeia Valneva SE, que tem parcerias históricas com o Instituto Butantan no Brasil. Por isso, é esperado que, oportunamente, a organização solicite a aprovação de uso para a Agência Nacional De Vigilância Sanitária (Anvisa). Inclusive, o Butantan obteve autorização para testar este imunizante no país no ano passado.

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Vacina Ixchiq em dose única

Para aprovar a vacina contra chikungunya, os agentes da FDA analisaram os resultados de dois estudos clínicos, desenvolvidos na América do Norte, englobando cerca de 3,5 mil voluntários adultos.

Reações adversas

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Diante dos testes com o imunizante que carrega uma versão do vírus enfraquecido (atenuado), os sintomas adversos mais comuns foram:

  • Dor de cabeça;
  • Fadiga;
  • Dores musculares;
  • Dores nas articulações;
  • Febre;
  • Náuseas;
  • Sensibilidade no local da injeção.

Além disso, “embora não sejam comumente relatadas, reações adversas graves semelhantes à infecção pelo vírus chikungunya que impediram a atividade diária e/ou exigiram intervenção médica ocorreram em 1,6% dos que receberam a Ixchiq”, destaca a FDA, em nota.

Por isso, a agência impôs uma condição na aprovação do imunizante nos EUA: estudos de pós-comercialização para determinar o real risco de reações adversas graves.

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O risco da chikungunya

Apesar de algumas questões abertas em relação ao imunizante, a FDA lembra que casos de chikungunya podem ser mortais ou ainda deixar sequelas duradouras. "A chikungunya é uma ameaça emergente à saúde global, com pelo menos 5 milhões de casos de infecção relatados durante os últimos 15 anos”, pontua a agência.

Entre as áreas globais de maior risco, estão as Américas, o que inclui o Brasil. O primeiro registro nacional da doença foi feito há cerca de 10 anos. Desde então, a maioria das cidades brasileiras já confirmaram algum caso da infecção. No total, foram sete surtos nacionais, sendo mais comuns nos primeiros meses do ano.

Fonte: FDA