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Vacina da chikungunya é eficaz e gera resposta imune em 98,9% dos voluntários

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Junho de 2023 às 09h42

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EdVal/Envato
EdVal/Envato

Na última segunda-feira (12), um novo estudo publicado na revista científica The Lancet apontou que a vacina contra chikungunya desenvolvida pela empresa francesa de biotecnologia Valneva produziu resposta imune em 98,9% dos voluntários. O estudo recrutou 4.115 adultos saudáveis, sendo que 3.082 receberam uma dose do imunizante, chamado de VLA1553.

O imunizante é trabalhado em torno de uma versão viva e modificada do vírus chikungunya, que pode se multiplicar no corpo sem causar a doença. A ideia é imitar com muita semelhança as infecções naturais e desencadear uma resposta imune robusta que fornece uma proteção ampla e duradoura.

Para se ter uma noção, é o método aplicado em vacinas contra sarampo, caxumba e rubéola (a tríplice viral), varíola e febre amarela, por exemplo. Nesse último estudo clínico, a equipe conseguiu mostrar que a VLA 1553 foi bem tolerada, inclusive entre os voluntários mais idosos.

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“Esta pode ser a primeira vacina contra chikungunya disponível para pessoas que vivem em regiões endêmicas, bem como para viajantes a áreas endêmicas ou áreas de risco para um surto futuro”, diz a principal autora do estudo, Martina Schneider, gerente de estratégia clínica da Valneva, em um comunicado.

A pesquisadora ressalta que os resultados promissores mostraram boa persistência dos níveis de anticorpos após a vacinação, o que é importante, considerando que os surtos de chikungunya podem ocorrer repentinamente: "Como a idade é um fator de risco para a gravidade e mortalidade da doença de chikungunya, a forte resposta imune observada em participantes mais velhos pode ser particularmente benéfica."

Chikungunya: sintomas e tratamentos

Segundo o Ministério da Saúde, o vírus chikungunya (CHIKV) foi introduzido no continente americano em 2013 e ocasionou uma importante onda epidêmica em diversos países da América Central e ilhas do Caribe. Esta arbovirose também pode se manifestar de forma grave, e até levar à morte. A Pasta destaca que a doença pode evoluir em três fases:

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  • Febril ou aguda: tem duração de 5 a 14 dias
  • Pós-aguda: tem um curso de até 3 meses.
  • Crônica: Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses após o início da doença

Já no que diz respeito aos sintomas, o Ministério menciona febre, dores intensas nas articulações, nas costas ou pelo corpo, erupção avermelhada na pele, náuseas e vômitos, dor retro-ocular, dor de garganta, calafrios, diarreia e/ou dor abdominal (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).

Até o momento, não há tratamento antiviral específico para chikungunya. A terapia utilizada é analgesia e suporte. É necessário estimular a hidratação oral dos pacientes e a escolha dos medicamentos devem ser realizadas após a avaliação. Em casos de sequelas mais graves, pode ser recomendada a fisioterapia.

Já existe vacina para chikungunya no Brasil?

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Em 2022, o Butantan buscou voluntários para vacina da chikungunya, a mesma desenvolvida pela farmacêutica Valneva Áustria GmbH, sob o nome de VLA1553. Quando o instituto anunciou os resultados para a vacina da chikungunya, a eficácia foi de 96,3%.

Até agora, os ensaios clínicos da potencial vacina contra a febre chikungunya têm mostrado que a fórmula gera proteção e é bem tolerada em todos os públicos e faixas etárias pesquisados.

Fonte: The Lancet, The Economic Times, DW, Ministério da Saúde