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Butantan busca voluntários para vacina da Chikungunya; saiba como participar

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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CDC/James Gathany
CDC/James Gathany

Pesquisadores brasileiros irão avaliar a eficácia e a segurança de potencial vacina contra a febre Chikungunya. Desenvolvido pela farmacêutica Valneva Áustria GmbH, o imunizante VLA1553 contra o vírus, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, já está em testes de Fase 3 nos Estados Unidos.

No Brasil, os testes clínicos de Fase 3 serão desenvolvidos pelo Instituto Butantan e, agora, o instituto busca adolescentes de 12 a 17 anos para serem voluntários da pesquisa. No momento, apenas o centro de São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, seleciona potencias participantes. Em breve, seis capitais brasileiras também começarão a recrutar.

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Vale explicar que a Valneva e o Butantan já têm um acordo firmado para o desenvolvimento, fabricação e comercialização da vacina contra a Chikungunya no Brasil. Isso, no caso, dos estudos clínicos serem concluídos conforme o esperado e do imunizante ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Importância da vacina contra a febre Chikungunya

O vírus Chikungunya (CHIKV) é transmitido aos seres humanos pela picada do mosquito Aedes aegyptio mesmo vetor da dengue e da zika. No Brasil, o primeiro caso da febre foi identificado em 2014 e, desde então, a doença se alastra de forma endêmica no país. No ano de 2021, foram registrados 96.288 mil casos, segundo dados do Ministério da Saúde.

De acordo com o Butantan, "o vírus causa uma infecção febril aguda que pode resultar em artralgia crônica e incapacitante, afetando todos os sexos e faixas etárias". E os principais sintomas da doença são:

  • Febre alta;
  • Dores intensas nas articulações dos pés, mãos, dedos, tornozelos e pulsos;
  • Dor de cabeça;
  • Dor nos músculos;
  • Manchas avermelhadas na pele.

Para a maioria das pessoas infectadas, as primeiras manifestações começam de dois a 12 dias após a picada do mosquito. Em alguns casos, a doença pode ser mortal, especialmente quando o paciente já apresenta outras comorbidades. Além disso, pode deixar sequelas graves.

Estudos clínicos

Até agora, os ensaios clínicos da potencial vacina contra a febre Chikungunya têm mostrado que a fórmula gera proteção e é bem tolerada em todos os públicos e faixas etárias pesquisados. Os estudos de Fase 1 foram iniciados em 2018 e, agora, os pesquisadores estão na terceira e última fase antes da aprovação.

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Nos EUA, o estudo de Fase 3 foi iniciado em setembro de 2020 com 4.115 voluntários com mais de 18 anos. Os dados preliminares apontam que a vacina foi tolerada pelo organismo e é segura. Até o momento, os eventos adversos em sua maioria foram leves e moderados, durando, no máximo, quatro dias após a vacinação.

Pesquisa brasileira

No caso brasileiro, o ensaio clínico da VLA1553-321 será conduzido em sete centros de pesquisa, localizados em diferentes estados, e terá duração total de 15 meses. Este é um estudo clínico de fase 3, multicêntrico, randomizado, controlado e duplo-cego.

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De acordo com o Butantan, o objetivo é "avaliar a segurança e imunogenicidade da vacina em 750 participantes adolescentes entre 12 e 17 anos".

Onde os testes da vacina vão ocorrer?

Segundo os responsáveis pelo estudo, somente serão selecionados participantes que morem em áreas endêmicas para a febre Chikungunya. Isso significa que são locais onde casos dessa doença ocorrem frequentemente, mas estão dentro de um patamar esperado e previsível.

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A seguir, confira a lista de regiões que terão centros de pesquisa envolvidos:

  • São José do Rio Preto (SP)
  • São Paulo (SP);
  • Salvador (BA);
  • Fortaleza (CE);
  • Belo Horizonte (MG);
  • Aracaju (SE);
  • Campo Grande (MS).

Por enquanto, apenas o centro de São José do Rio Preto está em fase de seleção de participantes. Os interessados, segundo o Butantan, devem enviar um e-mail para chikv.sjrp@gmail.com, manifestando seu interesse em se tornar voluntários do ensaio clínico.

Fonte: Instituto Butantan