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Faxineiro destrói décadas de pesquisas ao desligar freezer em laboratório

Por  • Editado por  Luciana Zaramela  | 

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Louis Reed/Unsplash
Louis Reed/Unsplash

Em 2020, um faxineiro destruiu décadas de pesquisa científica sem querer ao desligar um freezer no Rensselaer Polytechnic Institute, nos EUA. O ocorrido gerou mais de US$ 1 milhão (o equivalente a R$ 4,8 milhões, aproximadamente) em prejuízo. O instituto processou a Daigle Cleaning Services —empresa responsável pelo funcionário, uma vez que o serviço era terceirizado.

O freezer continha culturas de células, amostras e outros elementos de pesquisa que foram armazenados a - 80 ºC, e o desligamento resultou na destruição dos materiais. A pesquisa era sobre fotossíntese e prometia inovações no desenvolvimento de painéis solares.

O que aconteceu foi que, alguns dias antes de o freezer ser desligado, um alarme disparou para alertar sobre um aumento de 3 °C na temperatura. Por conta das restrições da covid-19 na época, levaria uma semana para que qualquer reparo pudesse acontecer.

Por conta disso, os professores colocaram uma placa na porta do freezer dizendo: "Este freezer está apitando porque está sendo consertado. Por favor, não o mova ou desconecte. Nenhuma limpeza é necessária nesta área. Você pode pressionar o botão de silenciar alarme por 5 a 10 segundos".

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Mas dias depois, quando o alarme voltou a soar, o faxineiro desligou o disjuntor que fornecia eletricidade ao freezer. Segundo um relatório arquivado pela equipe de segurança pública do instituto, ele pensou que estava ligando o disjuntor ao desligar sem querer.

Quando a equipe de pesquisa descobriu no dia seguinte que a temperatura havia subido, tentou tomar medidas para salvar os materiais de pesquisa, mas o processo conta que "a maioria dos espécimes foi comprometida, destruída e tornada irrecuperável, destruindo mais de 20 anos de pesquisa".

Os advogados relataram que o funcionário "não parecia acreditar que havia feito algo errado, mas estava apenas tentando ajudar". Assim, a equipe jurídica do instituto alega que a empresa que o contratou não treinou adequadamente.

Fonte: Times Union, BBC