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Exposição excessiva a telas pode deixar crianças impulsivas e mal-humoradas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Dezembro de 2022 às 09h00

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macondoso/Envato
macondoso/Envato

Já não é de hoje que a ciência dirige olhares para a exposição excessiva a telas, que pode gerar diversos impactos negativos em crianças. Um novo estudo publicado no periódico científico JAMA Pediatrics sugere, inclusive, que essa prática pode tornar o público infantil mais impulsivo e sujeito a oscilações de humor.

Muitos pais utilizam de dispositivos justamente para acalmar e entreter as crianças. Os pesquisadores analisaram a forma como os dispositivos digitais foram usados ​​no público de 3 a 5 anos, e descobriram ligação com uma maior reatividade emocional ou desregulação nas crianças ao longo de vários meses de exposição.

A associação foi mais forte em crianças que já apresentavam sinais de hiperatividade ou impulsividade. A teoria dos especialistas é que os dispositivos podem impedir que as crianças desenvolvam suas próprias formas de regular as emoções.

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“Usar dispositivos móveis para acalmar uma criança pequena pode parecer uma ferramenta inofensiva e temporária para reduzir o estresse em casa, mas pode haver consequências a longo prazo se for uma estratégia regular", alertam os envolvidos no estudo.

Isso quer dizer que os pais devem abandonar as telas de uma vez por todas? Não necessariamente. Os autores do estudo enfatizam que o uso do dispositivo com moderação pode ser útil, só não deve ser usado como uma forma primária ou frequente de tentar manter as crianças calmas.

"O hábito de usar dispositivos para lidar com comportamentos difíceis se fortalece com o tempo, à medida que as demandas da mídia infantil também se fortalecem. Quanto mais os dispositivos são usados, menos as crianças e seus pais conseguem usar outras estratégias de enfrentamento", concluem os autores do estudo.

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Anteriormente, um estudo do Centro Médico Nacional Infantil em Xangai descobriu que a exposição excessiva às telas pode afetar os controles cognitivos e o desenvolvimento das habilidades de atenção das crianças. Entre as consequências, constam nível reduzido de QI e menor capacidade de compreensão e raciocínio perceptivo. Inclusive, o Canaltech já separou dicas para limitar o tempo de tela das crianças e mantê-las seguras.

Fonte: JAMA Pediatrics via Science Alert