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Estudo não descarta que próxima pandemia seja de um vírus criado em laboratório

Por| 14 de Setembro de 2020 às 20h40

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Reprodução: kjpargeter/Freepik
Reprodução: kjpargeter/Freepik

Quando o novo coronavírus começou a se expandir para o ocidente, poucos meses após a sua origem em Wuhan, na China, muitas teorias da conspiração começaram a apontar para a criação proposital de um vírus. Já está comprovado, no entanto, que o SARS-CoV-2 surgiu naturalmente e não como um plano de rivais políticos.

Porém, segundo um artigo publicado no site da revista Foreign Policy por Vivek Wadhwa, professor distinto da Escola de Direito de Harvard, esse fato não significa que a próxima pandemia não seja um vírus mortal forjado. "Agora está muito tarde para acabar com a propagação global dessas tecnologias — o gênio está fora da garrafa", disse Wadhwa.

Para ele, é preciso tratar a pandemia do coronavírus como "um ensaio geral do que está por vir", afirmando que isso incluiu não somente os vírus que nascem a partir da natureza, quanto aqueles que podem ser desenvolvidos por humanos, aplicando a possível futura culpa na acessibilidade de algumas tecnologias. De acordo com Vivek Wadhwa, a revolução da engenharia genética pode fornecer a biohackers as ferramentas necessárias para a criação de patógenos mortais, dentro de laboratórios ou em suas próprias casas.

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Graças à evolução na edição de genes (CRISPR) e sequência genética, cientistas podem facilmente criar e ditar genes individuais e, com isso, conseguimos ter controle de um processo natural que vem acontecendo há milhares de anos. Como exemplo, Wadhwa cita experimentos feitos pelo pesquisador chinês He Jiankui, que começou a editar os genes de bebês antes mesmo do nascimento, o que se tornou em um caso bem controverso.

Além disso, o professor diz ainda que os testes de DNA que são enviados e recebidos por correspondência já permitiram que pesquisadores revivessem um vírus parente da varíola, já extinto. Piers Millett, especialista em política científica e segurança internacional, contou em uma entrevista há dois anos para o Instituto Future of Life que o possível cenário pode ser extremamente nocivo.

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"Se você está, deliberadamente, tentando criar um patógeno mortal, que se espalha facilmente, e nós não temos na saúde pública medidas adequadas para mitigá-lo, então essa coisa que você está criando pode estar entre as mais perigosas do planeta", pontuou Millett.

Ainda não há qualquer evidência de que isso esteja acontecendo, mas como pontua o professor, a tecnologia está disponível e é acessível a muitos cientistas, e basta cair em mãos erradas para que teorias da conspiração possam, algum dia, se tornar reais.

Fonte: Futurism via Foreign Policy