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Estudo descobre como manipular células para retardar o envelhecimento

Por| 23 de Julho de 2020 às 23h00

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Reprodução: Pixabay/Sabine van Erp
Reprodução: Pixabay/Sabine van Erp

A busca pela juventude eterna não é algo recente, por isso as indústrias da cirurgia plástica e de procedimentos estéticos nunca estiveram fora de moda. Envelhecer, no entanto, é inevitável, mas este fato não fez com que cientistas da Universidade da Califórnia deixassem de estudar esse processo natural da vida, chegando a resultados satisfatórios.

O estudo do envelhecimento foi feito em leveduras, uma vez que suas células são facilmente manipuladas. Então, o experimento buscou entender se células diferentes envelhecem na mesma taxa e pelo mesmo motivo. Os resultados mostraram que até mesmo células feitas do mesmo material genético, dentro do mesmo ambiente, envelhecem de formas surpreendentemente distintas.

Segundo a pesquisa, usando uma técnica de microfluido e de modelagem computacional, foi descoberto que cerca de metade das células da levedura envelheceram devido a um declínio gradual dentro do seu nucléolo, que fica localizado no núcleo de uma célula. Já a outra metade acabou envelhecendo devido a uma disfunção da mitocôndria, responsável por produzir a energia da célula.

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Os cientistas revelaram que as células acompanham a rota do núcleo ou da mitocôndria no início da vida, seguindo por esses caminhos do envelhecimento até a morte. Então, foram realizados experimentos para analisar o comportamento das células e tentar reverter isso.

Nan Hao, autor sênior do estudo e professor associado do setor de biologia molecular da universidade, contou que sua equipe buscou identificar os processos moleculares subjacentes a cada rota, assim como as suas conexões. Depois, foi encontrado um circuito molecular que controla o envelhecimento das células, o que os cientistas comparam a "circuitos elétricos que controlam os eletrodomésticos".

Então, uma vez modelado o "cenário de envelhecimento", os pesquisadores descobriram ser possível manipular e otimizar o processo de envelhecimento usando simulações computacionais para reprogramar o circuito principal e modificar o seu DNA. Basicamente, os cientistas desenvolveram uma nova rota de envelhecimento com uma vida útil prolongada, passando a acreditar ser possível aplicar essa tática em seres humanos para retardar o processo.

"Nosso estudo aumenta a possibilidade de, racionalmente, projetar terapias genéticas ou químicas para a reprogramação de como as células humanas envelhecem, com o objetivo de, efetivamente, atrasar o envelhecimento humano estender a expectativa de vida humana", completa Hao.

Fonte: CNN