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Estudo comprova que vacinas reduzem risco de covid longa

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Peoplecreations/Freepik
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Mais um estudo demonstra que as vacinas protegem contra a covid longa, reduzindo o risco de sequelas da infecção original. Desta vez, a pesquisa foi liderada por cientistas da Universidade Washington em St. Louis, nos EUA, que analisaram dados de saúde de 4,4 milhões de norte-americanos. A conclusão é que os não vacinados têm uma probabilidade quase duas vezes maior de desenvolver o problema.

Os dados também mostram que a probabilidade geral de alguém desenvolver a covid longa caiu, embora ainda exista. Segundo os autores, cerca de 70% da redução de risco se deve à vacinação e 30% às mudanças ao longo do tempo, como os melhores tratamentos disponíveis. Hoje, as taxas de sequelas também são menores devido à imunidade prévia.

Anteriormente, pesquisadores da Universidade de Leicester, no Reino Unido, demonstraram que as pessoas vacinadas têm 40% menos chances de desenvolver covid longa. Em outro estudo britânico, evidências sobre esta proteção contra sequelas da covid-19 foram novamente levantadas.

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Apesar da melhora do cenário, a covid longa ainda é um desafio para a saúde pública. Afinal, os pacientes podem desenvolver fadiga debilitante, dificuldade para respirar, névoa cerebral e outras inúmeras complicações.

Vacinas reduzem risco da covid longa

Publicado na revista New England Journal of Medicine (NEJM), o estudo norte-americano comparou os dados de saúde de 4,4 milhões de pessoas infectadas ou não pelo vírus, entre os anos de 2020 a 2022.

Neste período, surgiram duas variantes de risco: a Delta e a Ômicron. Ambas se espalharam por todo o globo, tornando-se as cepas mundialmente predominantes. 

O maior número de casos de covid longa ocorreram com a cepa original, quando não existiam vacinas e nem imunidade prévia. Com as novas variantes, a probabilidade geral de sequela foi reduzida, mas o risco caiu quase o dobro para as pessoas vacinadas durante a temporada da Ômicron.

Vale destacar que, no momento, ainda persistem as cepas descendentes da Ômicron. Isso inclui as variantes KP.3, KP.2, KP.1 e LB.1. Inclusive, alguns países enfrentam novas altas de casos, como os EUA. .

Evolução do risco de covid longa 

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A seguir, veja como o risco de covid longa caiu ao longo dos anos:

  • Início da pandemia: 10,42 em cada 100 pessoas desenvolveram a covid longa. Aqui, ninguém estava vacinado; 
  • Temporada da variante Delta (entre junho a dezembro de 2021): 9,51 em cada 100 pessoas não vacinadas tiveram covid longa. Entre os vacinados, foram 5,34 casos para cada 100 imunizados;
  • Temporada da variante Ômicron (a partir de dezembro de 2021): 7,76 em cada 100 pessoas não vacinadas apresentaram covid longa. No entanto, apenas 3,5 em cada 100 pessoas vacinadas sofreram com as sequelas.

A covid longa não acabou”, destaca John J. Cochran, médico nefrologista e autor do estudo, em nota. Para evitar mais problemas, “não podemos baixar a guarda”, pontua.

Segundo o especialista, é preciso tomar as doses anuais de reforço contra a covid-19, já que “elas [as vacinas] são a chave para suprimir o risco da covid longa. Se abandonarmos as vacinas, o risco provavelmente aumentará”, completa.

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Fonte: NEJM, Universidade Washington em St. Louis