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Estudo analisa 6 mi de vacinados com fórmulas de mRNA; resultados são animadores

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Outubro de 2021 às 10h38

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 twenty20photos/Envato
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Mais de 47% das pessoas do mundo já receberam pelo menos uma dose de algum imunizante contra o coronavírus SARS-CoV-2. Em números totais, mais de 6,6 bilhões de doses foram aplicadas, segundo a plataforma Our World in Data. Neste cenário, pesquisadores foram investigar se as vacinas mRNA (RNA mensageiro) contra a covid-19 — como a da Pfizer/BioNTech e da Moderna — podem causar reações adversas graves e, caso positivo, em que frequência. 

De acordo com preprint — artigo sem revisão por pares — publicado na plataforma Journal of the American Medical Association (JAMA), pesquisadores dos Estados Unidos investigaram dados de saúde de mais de 6,2 milhões de norte-americanos, buscando responder a seguinte pergunta: vacinas de mRNA estão associadas a um risco aumentado de efeitos adversos graves durante as três primeiras semanas do pós-vacinação?

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"Esta análise não encontrou associações significativas entre a vacinação com vacinas de mRNA contra a covid-19 e desfechos de saúde graves selecionados 1 a 21 dias após a vacinação", afirmam os pesquisadores. Para esta afirmação, foram analisadas incidências de 23 condições específicas graves e muitas vezes mortais. Entre elas, buscou-se por casos de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, apendicite, formação de coágulo sanguíneo, paralisia de Bell, síndrome de Guillain-Barré e anafilaxia.

Quais os efeitos colaterais?

Vale observar que nenhuma intervenção médica, como uma cirurgia ou um caso de vacinação, é isenta de riscos. Dessa forma, em todos os casos, é sempre necessário balancear os riscos com os potenciais benefícios. Por outro lado, é verdade também que complicações graves ocorrem constantemente na população em geral e nem sempre têm uma explicação.

No caso da covid-19, ainda nos ensaios clínicos —  fase de pesquisa com humanos —, efeitos colaterais das vacinas de mRNA foram identificados. No entanto, eles eram leves, como dores no local da aplicação, fadiga e náuseas, por exemplo. 

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Afinal, foram relatados efeitos adversos graves em quem recebeu as vacinas? Sim, mas os pesquisadores não conseguiram relacionar os imunizantes a uma porcentagem estatisticamente significativa. Isso porque os efeitos colaterais graves não foram mais intensos nos primeiros 21 dias do pós-vacinação do que nos outros 20 dias que se sucederam. Os imunizados foram acompanhados por mais de 40 dias.

"Em análises provisórias de vigilância de vacinas de mRNA contra a covid-19, a incidência de desfechos graves selecionados não foi significativamente maior 1 a 21 dias após a vacinação em comparação com 22 a 42 dias após a vacinação. Embora os ICs [sistemas de saúde, de onde vieram os dados] sejam amplos para muitos resultados, a vigilância está em andamento", concluem os pesquisadores.

Casos de anafilaxia

De acordo com os autores, foram relatados 183 casos potenciais de anafilaxia — um tipo de reação alérgica grave e potencialmente fatal —  durante os dois primeiros dias da imunização (dia 00 e dia 01) no grupo de seis milhões de vacinados. Em seguida, esses casos passaram por uma revisão completa para a confirmação da condição.

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"A taxa de incidência estimada de anafilaxia confirmada foi 4,8 (95% CI, 3,2-6,9) por milhão de doses de BNT162b2 [vacina da BioNTech/Pfizer] e 5,1 (95% CI, 3,3-7,6) por milhão de doses de mRNA-1273 [vacina da Moderna]", relataram os pesquisadores.

"Quase todos os casos de anafilaxia confirmados foram em indivíduos do sexo feminino (95%), ocorreram no dia da vacinação (98%) e ocorreram após a primeira dose (82%); a maioria dos indivíduos tinha história de alergia (78%) e início dos sintomas [ocorreu] em 30 minutos (87%)", detalharam os autores.

Agora, o acompanhamento dos possíveis efeitos adversos graves deve seguir e, em uma nova etapa, será avaliado se algum imunizante de mRNA pode ser associado a algum efeito de longo prazo ainda desconhecido. Para acessar o estudo completo, clique aqui.

Fonte: Com informações: Our World in Data e IFL Science