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"Estamos vencendo", diz Luiza Trajano sobre a luta contra covid no Brasil

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Outubro de 2021 às 19h03

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Twenty20photos/Envato Elements
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Com colaboração de Luciana Zaramela

Parte fundamental do movimento Unidos pela Vacina — iniciativa da sociedade civil que acelerou a imunização contra a covid-19 e ajudou a estruturar postos de saúde de mais de 4 mil cidades do Brasil —, Luiza Helena Trajano traça, agora, projetos que irão impactar ainda mais a saúde pública e a ciência brasileira nos próximos anos. Hoje, a presidente do Conselho do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil também vê com otimismo o enfrentamento à pandemia do coronavírus SARS-CoV-2.

“Ninguém pode dizer que [a covid-19] não pode voltar. O que eu posso dizer é que esse ciclo estamos vencendo", afirma Luiza Helena, em entrevista exclusiva para o Canaltech. Afinal, o Brasil já soma mais de 47% da população com o esquema vacinal completo — duas doses ou o imunizante de dose única —, o que equivale a cerca de 100 milhões de imunizados, segundo a plataforma Our World in Data.

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Entretanto, Trajano reforça que ainda é preciso "ter juízo". Esse juízo se reflete em usar máscaras, higienizar as mãos com frequência e estar junto, mas com cuidado. Inclusive, ela aposta numa melhora ainda mais significativa do cenário da covid-19 até o final do ano. Isso deve ocorrer com o avanço da distribuição da dose de reforço dos imunizantes para grupos-chave.

“Estamos incentivando muito a terceira dose para quem pode tomar. E estamos trabalhando para a área da ciência prever antes o vírus que está chegando e poder tomar as medidas [adequadas] antes. Acho que todos os países aprenderam isso [com a pandemia da covid-19], foram pegos muito de surpresa", explica Trajano sobre o cenário da pandemia e os planos que, sem dúvidas, incluem o Grupo Mulheres do Brasil. 

Inclusive, a inciativa apartidária já agrega mais de 95 mil mulheres e, nas próximas semanas, deve se tornar um instituto. Para Luiza, "o instituto, todo bem feito, vai dar condição para buscar financiamento para custear os projetos de ciências na saúde, que já começaram" e deverão preparar o país para outros riscos globais da saúde.

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Futuro da saúde e da pesquisa nacional

“O nosso objetivo é não deixar ir embora os cientistas bons e fortalecer a área científica na saúde. Ciência tem na agricultura e em vários lugares, mas pegamos na saúde [como foco]", conta Luiza Trajano sobre uma das iniciativas em andamento do Mulheres do Brasil.

Para isso, o Magalu já se envolveu com o patrocínio de dois projetos voltados para as questões da covid-19.  De acordo com Trajano, uma das iniciativas deve focar em pesquisas para entender o quão necessárias são as doses de reforço e se estas precisarão ser aplicadas em toda a população. Já a outra ação foca na vigilância epidemiológica do coronavírus e, consequentemente, das suas mutações. 

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Com ambos, a ideia é se antecipar para possíveis desafios que podem ser impostos à saúde pública brasileira, experiência que o Mulheres do Brasil começa a acumular na área. Isso porque, durante todo o ano, o movimento Unidos pela Vacina —  criado pelo Grupo — esteve em contato com mais de 4 mil prefeituras para entender as questões necessárias para acelerar a vacinação contra a covid-19 no país, como as barreiras estruturais e gargalos do Sistema Único de Saúde (SUS). 

De olho no SUS

A partir dessa experiência intensa com o SUS, o Mulheres do Brasil planeja apoiar também mudanças na rede de saúde gratuita dos brasileiros, através da sociedade civil. "Nossa luta vai ser transformar o SUS", adianta Trajano. A ideia é que as transformações ocorram "igual está acontecendo com o Banco Central, que tem plano de carreira", explica sobre um dos pontos a serem abordados.

Outra ideia, apresentada por Trajano, é oferecer "um planejamento estratégico para o Brasil de 10 anos, de 2022 até 2032, com quatro pilares: saúde, educação, emprego — nem estou chamando de economia — e habitação". Para isso, inspirações e modelos chegam de diferentes partes do mundo, como Japão e Cingapura, sempre contando com a vontade e a energia brasileiras. 

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Fonte:  Our World in Data