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Esferas magnéticas detectam patógenos na água e no sangue

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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 seventyfourimages/Envato
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Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram pequenas esferas magnéticas capazes de detectar patógenos na água e no sangue. Essas tecnologias também podem ser revestidas com anticorpos que se ligam a moléculas alvo, como um patógeno específico. As descobertas serão publicadas no periódico Journal of Raman Spectroscopia, mas já foram anunciadas no site oficial do MIT.

Nos estudos, a equipe demonstrou a capacidade da tecnologia de detectar sinais de Salmonela, por exemplo. Os cientistas também encontraram uma maneira mais rápida de confirmar a presença de patógenos ligados a essas esferas (chamadas de Dynabead): uma técnica chamada espectroscopia Raman, que identifica moléculas específicas com base na forma única como uma molécula dispersa a luz.

Basicamente, essas esferas contam com uma assinatura muito forte, que pode ser facilmente detectada, como se fosse uma etiqueta fluorescente. Se detectado, o sinal pode servir como uma confirmação rápida, em menos de um segundo, de que um patógeno alvo está de fato presente em uma determinada amostra.

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“Esta técnica seria útil numa situação em que um médico está a tentar diminuir a origem de uma infecção, a fim de informar melhor a prescrição de antibióticos, bem como para a detecção de agentes patogénicos conhecidos em alimentos e água”, afirmam os pesquisadores, em comunicado do MIT.

A ideia do grupo de cientistas é que a abordagem acabe por levar à expansão do acesso a diagnósticos avançados em ambientes com recursos limitados.

Esferas magnéticas detectoras de patógenos

Essas esferas microscópicas são feitas de um núcleo magnético de ferro e um invólucro de polímero que pode ser revestido com anticorpos, que por sua vez atuam como ganchos para ligar moléculas-alvo específicas. Quando misturado com um fluido, como um frasco de sangue ou água, quaisquer moléculas presentes aderem às esferas.

Com o auxílio de um ímã, os cientistas podem colocar as esferas no fundo de um frasco e filtrá-las para fora da solução. “Inicialmente procurávamos identificar as assinaturas das bactérias, mas a assinatura das Dynabeads era na verdade muito forte. Percebemos que este sinal poderia ser um meio de informar se você tem essa bactéria ou não", completam os pesquisadores.

Para a demonstração prática, os pesquisadores misturaram as esferas em frascos de água contaminada com Salmonella e meiram a maneira como a luz se espalhava pelo fluido quando exposta a laser. Imediatamente, o grupo conseguiu detectar a assinatura e confirmar a presença das Dynabeads e da Salmonella.

Fonte: MIT News