Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Levitação magnética usada em trens serve para detectar vírus

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Agosto de 2023 às 18h29

Link copiado!

Tohamina/Freepik
Tohamina/Freepik

Já pensou em detectar os vírus que estão no ar como forma de prevenir surtos de gripe, por exemplo? Esta é a proposta de pesquisadores da Michigan State University, nos Estados Unidos, e da University of British Columbia, no Canadá, com o uso da tecnologia de levitação magnética — aquela mesma utilizada por trens de alta velocidade que flutuam nos trilhos, conhecida como Maglev (magnetic levitation transport).

Diferente das outras técnicas já disponíveis para rastrear agentes infecciosos no ar, como máscaras especiais para a covid-19, os cientistas norte-americanos afirmam que o novo método permite a captura de grandes amostras — algo raro com as atuais tecnologias — e pode distinguir diferentes tipos de patógenos, como vírus e bactérias, aumentando a efetividade geral da ferramenta que usa a levitação magnética.

Enquanto os ajustes finais são feitos na técnica, os cientistas já dão os primeiros passos para a comercialização do invento. A pesquisa completa foi publicada na revista científica ACS Nano.

Continua após a publicidade

Por que monitorar os vírus que estão no ar?

Embora respirar seja uma atividade fundamental para cada ser humano, sabemos muito pouco sobre os componentes do ar que respiramos. Os mais interessados avaliam a umidade do ar ou o nível de poluição, mas não existem outros dados de fácil acesso sobre a questão, nem mesmo para as autoridades públicas na área da saúde.

Monitorar os vírus que podem estar presentes em um prédio público, nos aeroportos ou mesmo nos vagões de um trem “ajuda a identificar se um ambiente está contaminado antes que ocorra uma [nova] pandemia”, sugere Sepideh Pakpour, professor assistente da University of British Columbia e um dos autores do estudo, em comunicado.

Continua após a publicidade

Além de funcionar como um sistema de alerta precoce, a técnica deve ampliar a compreensão sobre quais agentes infecciosos são mais comuns e quando a incidência é maior, o que poderá gerar políticas públicas mais específicas e eficientes.

Por enquanto, a ferramenta já captura e auxilia no processo de identificação alguns patógenos importantes, como a bactéria Escherichia coli, alguns vírus respiratórios, incluindo o H1N1 (gripe) e o SARS-CoV-2, e alguns bacteriófagos.

Como funciona a ferramenta com levitação magnética?

Para rastrear os agentes infecciosos de um ambiente, é feita inicialmente a coleta de amostras do ar. Esse “material bruto” é diluído em um líquido e vai para o aparelho de levitação magnética. Com isso, os patógenos são isolados dos outros compostos e enviados para uma análise individual, através de testes de reação em cadeia da polimerase (PCR). Todo o processo leva alguns minutos e não precisa ser feito por profissionais técnicos.

Continua após a publicidade

“O sistema é portátil, fácil de usar e econômico, e pode potencialmente fornecer dados de vigilância proativa para monitorar futuros surtos de doenças infecciosas transmitidas pelo ar, permitindo a indução de várias medidas preventivas e mitigadoras”, completam os pesquisadores.

Fonte: ACS Nano e MSU Today