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Escolas de Pequim monitoram temperatura de alunos com pulseira "anti-COVID"

Por| 13 de Maio de 2020 às 17h29

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Reprodução/News Break
Reprodução/News Break

No final de abril, cerca de 50 mil estudantes do ensino médio voltaram às aulas em Pequim, na China. Tempo em que o país, que foi o primeiro epicentro da COVID-19, conseguiu controlar as infecções pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Mesmo assim, os chineses registraram mais de 84 mil casos da infecção e 4.637 mortes, desde o início do ano, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Para manter a epidemia sob controle, desde segunda-feira (11), escolas de Pequim têm monitorado seus alunos com uma pulseira inteligente, que pode medir a temperatura de um estudante. Afinal, um dos primeiros sintomas da COVID-19 é a febre e, por esse mesmo motivo, aeroportos e até mesmo estabelecimentos comercias também monitoram a temperatura de seus frequentadores.

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Antes da aplicação do dispositivo inteligente válido para as escolas secundárias, um programa piloto para testes com a pulseira foi realizado em 18 escolas no distrito de Fengtai, de 30 de abril até a última sexta-feira, de acordo com a Comissão Municipal de Educação de Pequim.

Como funciona?

Bastante parecida com uma pulseira de fitness, como uma Mi Band, o dispositivo termômetro conta com um sensor interno que é capaz de medir automaticamente a temperatura corporal do aluno. Em tempo real, o wearable também emite um alerta se uma leitura elevada for detectada. Além disso, os dados da temperatura corporal do estudante podem ser armazenados e compartilhados com pais, escolas e autoridades, de maneira simples, através de um aplicativo para smartphones.

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Os alunos colocam a pulseira durante o intervalo do meio-dia e um aplicativo no telefone do professor coleta e armazena suas temperaturas individuais. Antes do retorno das aulas, o professor responsável deve enviar os dados individuais para a Comissão Municipal de Educação de Pequim, explica Li Yanjie, professor da Segunda Escola Secundária de Fengtai, ao jornal Global Times.

"Ao contrário de termômetros portáteis e registros escritos à mão, a pulseira detecta e relata as temperaturas automaticamente, o que é rápido e conveniente", comenta o professor. Isso porque todo o processo de medição da temperatura corporal para um possível diagnóstico da COVID-19 leva apenas alguns minutos e não interrompe as aulas.

No final do dia, os alunos deixam na própria escola o aparelho inteligente."A pulseira é usada apenas para detecção de temperatura. Ele apenas informa os nomes dos alunos e suas temperaturas, sem outras informações pessoais", afirma Li.

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Além dos casos de escolas, outros dispositivos também são usados na China ​​para impedir a propagação do coronavírus, como sistemas de detecção de febre por luz infravermelha e ainda sistemas de reconhecimento facial. Isso, no entanto, levanta inúmeras questões sobre liberdade e privacidade de dados, mesmo que seja com uma finalidade nobre, como a contenção da COVID-19.

Fonte: Global Times