Envelhecer tem papel crítico na evolução das espécies
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 20 de Dezembro de 2023 às 10h17
Um estudo publicado na BMC Biology revelou que envelhecer tem um papel crítico na evolução das espécies. Segundo os pesquisadores do HUN-REN Centre for Ecological Research, em um ambiente de mudança, o envelhecimento e a morte podem ser mais vantajosos para os indivíduos, porque desta forma a competição (que dificulta a sobrevivência e a reprodução da prole mais adaptável e com melhores composições genéticas) diminui.
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“O envelhecimento pode ter uma função evolutiva se houver seleção para a senescência. Nosso objetivo era descobrir essa seleção", afirma a equipe. A senescência é a deterioração associada do corpo. O que o estudo sugere é que, em determinadas situações, pode ser benéfica para uma espécie.
Assim, a ideia dos pesquisadores é que o envelhecimento natural e a morte deixam espaço para uma nova geração que poderá ter melhores combinações de genes.
Os pesquisadores também sugerem que aqueles que ajudam os seus familiares a criar uma nova geração têm os seus genes de envelhecimento prolongado transmitidos através deles com mais frequência.
Em comunicado, os pesquisadores ressaltam que a velhice se tornou um enigma a ser decifrado pela ciência: “Tornou-se aceito na comunidade da biologia evolutiva que as teorias clássicas não adaptativas do envelhecimento não podem explicar todos os padrões de envelhecimento da natureza, o que significa que a explicação do envelhecimento tornou-se mais uma vez uma questão em aberto”, escrevem.
Revertendo o envelhecimento
Apesar de a senescência ter um papel importante a desempenhar em termos de vantagem evolutiva, um papel que os especialistas ainda tentam explorar e compreender, a humanidade se concentra em tentar reverter o envelhecimento.
Em 2020, cientistas conseguiram reverter o envelhecimento de células humanas pela primeira vez. E neste ano, uma IA encontrou 3 compostos anti-envelhecimento totalmente naturais.