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É gripe ou variante Delta? Como diferenciar os sintomas?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Agosto de 2021 às 10h30

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stockking/Freepik
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Descoberta pela primeira vez na Índia, a variante Delta (B.1.617.2) do coronavírus SARS-CoV-2 é responsável por mudar o perfil da COVID-19 por onde chega e este movimento já começa a aparecer no Brasil. Agora, a doença está mais associada aos sintomas da gripe, como nariz escorrendo, dor de garganta e de cabeça. Por isso, esses sintomas devem ser sinal de alerta, principalmente para quem mora nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, onde mais casos já foram oficialmente confirmados.

Segundo apuração do jornal O Globo, médicos brasileiros já confirmam a alteração no quadro inicial de sintomas da COVID-19. A mesma situação já foi verificada no Reino Unido e nos Estados Unidos, onde a variante Delta já é predominante. Inclusive, está associada a um novo aumento de casos do coronavírus nesses locais.

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No momento, a cepa predominante entre os brasileiros é a Gama (P.1), descoberta pela primeira vez em Manaus. No entanto, os levantamentos nacionais já apontam para o crescimento da Delta. Por exemplo, em junho, ela representava 2,3% dos casos analisados e, em julho, já subiu para 21,5%, segundo os dados levantados pela Rede Genômica Fiocruz. Isso significa que a confusão de sintomas com a gripe deve crescer.

COVID com sintomas de gripe e confusões no diagnóstico

Entre os pacientes que testam positivo para a COVID-19, há um maior número de relatos de coriza, dor de cabeça e ardência na garganta. Pelo menos é o que observam médicos do Rio de Janeiro e de São Paulo. Por outro lado, perda de olfato e de paladar, tosse e falta de ar não são mais tão comuns nos atendimentos feitos nos primeiros dias de casos da infecção.

"Essa variante parece bastante com sintomas gripais simples, então a gente tem que testar sempre o paciente. A partir do terceiro dia de sintomas, a gente já recomenda que faça o teste RT-PCR, para confirmar ou descartar essa possibilidade", explica Antonino Eduardo Neto, gerente médico do hospital Badim, no Rio de Janeiro. "Já está claro que alguns pacientes, para os quais você não pensaria com muita força em COVID-19 no ano passado, tem que pensar agora", detalha.

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Vale ressaltar que dificuldade para respirar, queda na saturação de oxigênio e quadros de trombose continuam sendo vistos nas pessoas com maior comprometimento em decorrência da COVID-19. Por isso, é importante não confundir esses sintomas iniciais mais leves com o abrandamento da infecção e a diminuição de potenciais riscos para os pacientes infectados.

Maior risco de contaminação

Os sintomas serem mais parecidos com os de gripe ou de resfriado no começo da doença não impõem um novo desafio ao tratamento da COVID-19, mas dificulta, de forma significativa, as medidas de controle da transmissão da doença. Isso porque as pessoas assintomáticas ou com casos mais parecidos com os da gripe podem transmitir o vírus, sem saber. Por isso, a testagem deveria ser reforçada neste momento, segundo especialistas.

"Por estarmos diante de uma variante bastante contagiosa, quanto mais rápida essa identificação, melhor é o bloqueio e a redução da disseminação", comenta Isabella Albuquerque, infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro.

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Fonte: O Globo