Doses de reforço levam não vacinados a acreditar cada vez menos nas vacinas
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 12 de Outubro de 2021 às 12h45
No contexto atual da vacinação nos países, muito se tem buscado a respeito das doses de reforço, o que vem acendendo ainda mais a esperança de muitos no combate à covid-19. No entanto, para aqueles que não almejam tomar a vacina, a terceira dose (ou segunda, no caso de imunizantes de dose única como a da Janssen) é responsável por deixar com um pé atrás.
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Acontece que, em setembro, uma pesquisa realizada pela Kaiser Family Foundation apontou que 71% dos entrevistados não vacinados disseram que a necessidade de reforços indicava que as vacinas não estavam funcionando. De acordo com o estudo, a quantidade de pessoas que se recusam definitivamente a tomar a vacina tem se mantido entre 15 e 12% dos entrevistados.
Por outro lado, a quantidade de pessoas indecisas em relação à vacina diminuiu drasticamente: em dezembro, representavam 39% dos entrevistados. Nesta última pesquisa, representaram apenas 7%. Vale dirigir a atenção a outro grupo também, que representa 4% dos participantes da pesquisa: os que só seriam vacinados se seu local de trabalho ou escola exigir.
Enquanto os médicos tentam encorajar as pessoas vacinadas a buscarem a dose de reforço, lutam para defender essa necessidade da terceira dose para aqueles que ainda não receberam a primeira, tendo que conduzir dois tipos diferentes de campanha.
Alguns profissionais de saúde dos EUA estão trabalhando com vacinas ao alcance, para o caso de uma pessoa antivacina decidir que quer tomar a dose. A ideia é que, se a pessoa não tomar o imunizante na clínica naquele exato momento, pode esquecer ou mudar de ideia no futuro. Mas, a esta altura, muitos médicos declaram cansaço de tanto esforço para convencer essas pessoas, considerando que é algo que traz pouco retorno, uma vez que até mesmo pacientes com grandes fatores de risco se recusam a tomar a vacina.
Fonte: The New York Times