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Dieta do Mediterrâneo funciona, mas segredo não está só na comida

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Agosto de 2023 às 12h48

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8photo/Freepik
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Não é de hoje que sabemos que a dieta mediterrânea tem efeitos positivos para a saúde. Inclusive, um estudo recente até revelou que esse padrão de alimentação pode rejuvenescer o cérebro. Só que, agora, novos dados da Harvard indicam que nem todos os benefícios estão necessariamente relacionados com a alimentação. O que tende a ser, de fato, positivo é o estilo de vida do Mediterrâneo, que envolve mais do que frutas, vegetais, grãos integrais, azeite e peixes.

Por estilo de vida do Mediterrâneo, entenda: ser ativo fisicamente, dormir bem e ter amigos, enquanto se come alimentos frescos e a vida é celebrada. A boa notícia é que os efeitos desse modo de ser não se limitam aos italianos, espanhóis e gregos.

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Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Mayo Clinic Proceedings, outras populações, como os britânicos, podem viver mais e melhor, caso adotem o estilo de vida do Mediterrâneo, de forma adaptada aos alimentos disponíveis no Reino Unido. Se isso acontecer, o risco de morte por câncer cai significativamente.

Este é o estilo de vida do Mediterrâneo

Buscando definir o que é o estilo de vida do Mediterrâneo, os pesquisadores estabeleceram três grandes grupos de comportamento:

  • Atividade física frequente, boas horas de descanso e convívio social (ter amigos);
  • Consumo de alimentos da dieta mediterrânea, como frutas e grãos integrais;
  • Bons hábitos alimentares, o que envolve limitar a quantidade de sal e de açúcar.
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Entenda a dieta mediterrânea

Como deu para observar, a dieta mediterrânea é uma das importantes bases do que é considerado o estilo de vida desses povos que vivem banhados pelo mar Mediterrâneo.

De forma geral, esses indivíduos tendem a privilegiar a ingestão de alimentos frescos, como frutas, vegetais e grãos. Além disso, dão preferência ao consumo de gorduras boas, como o azeite, e consomem peixes — a presença da carne vermelha é baixa. Outra coisa pouco consumida são os alimentos ultraprocessados, ricos em sódio, açúcares e aditivos.

Dá para ter o estilo de vida do Mediterrâneo em qualquer lugar

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Segundo os autores do estudo, a maioria das pesquisas sobre os benefícios da dieta mediterrânea e desse estilo de vida é feita com nativos. Esta é a primeira vez que um grande estudo investiga os benefícios desse modo de ser, mesmo que adaptado, em outras populações.

No estudo, os pesquisadores da Harvard e da Universidad Autónoma de Madrid (UAM) investigaram os hábitos de 110 mil pessoas, com 40 a 75 anos, que viviam no Reino Unido. Os dados sobre estilo de vida foram analisados pela ótica da vida mediterrânea, podendo ter um maior ou menor grau de aceitação dos preceitos básicos, como baixo consumo de sal e a inclusão de alimentos frescos na dieta.

Menor risco de morte por todas as causas

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Passados nove anos de acompanhamento, 4,2 mil dos participaram faleceram, sendo que 2,4 mil dos óbitos foram relacionados ao câncer e 731 a doenças do coração. Analisando os resultados pelos critérios do estilo de vida do Mediterrâneo, os autores descobriram que quem mais se aproximava deste modo de vida tinha um risco menor de mortalidade para todas as causas.

Para ser mais preciso, os britânicos que mais se pareciam com os mediterrâneos apresentaram um risco 29% menor de mortalidade por todas as causas e um risco 28% menor de mortalidade por câncer em comparação com aqueles com classificações mais baixas de adesão. Mais do que a dieta mediterrânea, os autores sugerem que bons níveis de atividade física, descanso e convívio social foram centrais em reduzir o risco de morte.

"A adoção de um estilo de vida do Mediterrâneo adaptado às características locais das populações não mediterrânicas pode ser possível e faz parte de um estilo de vida saudável", reforçam os cientistas responsáveis pela pesquisa.

Fonte: Mayo Clinic Proceedings e Harvard