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Dieta a base de plantas reduz risco de doenças cardiovasculares, dizem estudos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Agosto de 2021 às 08h40

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Rawpixel/Freepik
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Uma dieta a base de plantas pode ser uma ótima aliada contra doenças do coração em todas as idades, principalmente em jovens adultos e mulheres mais velhas, de acordo com novos publicado recentemente na revista científica Journal of the American Heart Association. Em duas pesquisas diferentes, os cientistas descobriram que o consumo de alimentos derivados de plantas pode ajudar a reduzir as chances de desenvolver doenças relacionadas ao órgão e prevenir ataques cardíacos.

Uma dieta a base de plantas consiste no consumo alto e frequente de uma variedade de frutas e vegetais, grãos integrais e sementes, e óleos vegetais não tropicais. Também podem fazer parte dessa dieta laticínios com baixo teor de gordura, peixes e aves sem pele, tudo isso restringindo o consumo de gordura saturada e trans, sódio, carne vermelha, doces e bebidas com açúcar.

Yuni Choi, pesquisador da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, e líder do estudo realizado com jovens adultos, conta que pesquisas anteriores focavam em alimentos isolados ou nos nutrientes dos alimentos. Sendo assim, existiam poucos dados sobre os benefícios de uma dieta a base de plantas para as doenças vasculares e a longo prazo.

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Metodologia do estudo

A equipe de Choi analisou a dieta e as ocorrências de doenças cardíacas em 4.946 estudos inscritos no CARDIA, estudo que avalia o desenvolvimento de doenças arteriais em jovens adultos. Os participantes se inscreveram no programa entre os anos de 1985 e 1986, quando tinham entre 18 a 30 anos de idade, nenhum deles com doenças cardiovasculares no momento do cadastro.

Foram analisados, então, os dados de 2.509 adultos negros e 2.437 brancos, sendo 54,9% do total composto por mulheres. Nos anos de 1987, 1988, 2015 e 2016, os participantes do estudo foram acompanhados com base em exames de laboratório, medições físicas, histórico médico e estilo de vida. Os cientistas explicam que, ao contrário de outros estudos, nenhum voluntário foi instruído a como deveria se alimentar.

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Então, a qualidade da dieta dos participantes foi avaliada com base no índice de qualidade de dieta APDQS, que conta com 46 grupos de alimentos, nos anos 0, 7 e 20 do estudo. No índice, os alimentos estão classificados em benéficos (frutas, vegetais, grãos, sementes e integrais), adversos (frituras, carne vermelha, petiscos, salgados, doces e refrigerantes), e neutros (batatas, grãos refinados, carnes magras e mariscos). A classificação é feita baseada na associação de cada alimento com doenças vasculares.

Resultados

Os participantes que receberam pontuações mais altas foram aqueles que consumiram mais alimentos benéficos, enquanto aqueles que se alimentaram mais de comidas adversas tiveram notas mais baixas. Os valores mais altos, portanto, foram relacionados a uma dieta mais rica em nutrientes e centralizada no consumo de plantas.

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O estudo mostrou, então, que ao longo de 32 anos de pesquisa, 289 dos participantes desenvolveram doenças cardiovasculares como ataques cardíacos, insuficiências cardíacas, dores no peito ou artérias obstruídas. Pessoas que conquistaram a melhor pontuação (20%), aquela com base em plantas, foram 52% menos prováveis a desenvolver doenças cardiovasculares, considerando também idade, sexo, raça, consumo calórico, educação, histórico familiar de doenças cardíacas, tabagismo e atividade física.

Entre os anos 7 e 20 da pesquisa, quando os participantes estavam com idades entre 20 a 50 anos, aqueles com uma melhora da dieta tiveram 61% menos chances de desenvolver doenças do coração em comparação com aqueles que reduziram a qualidade da dieta durante o período. A pesquisa não chegou a considerar dietas vegetarianas estritas (que excluem até derivados de animais, como leite e ovo) por haver poucos adeptos no grupo. 

Você pode conferir o estudo completo aqui

Em um estudo paralelo, focado na saúde da mulher, os cientistas descobriram que uma dieta a base de plantas torna a mulher 11% menos provável a desenvolver qualquer tipo de doença vascular, 14% de ter doença arterial coronariana, e 17% de sofrer de insuficiência cardíaca.

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Para essa pesquisa, foram analisados os dados de mulheres na menopausa de 50 a 79 anos, com média de 62 anos, e que nunca tiveram doenças vasculares. O acompanhamento durou 15 anos e três meses, usando também a classificação do índice de qualidade de dieta. 

O estudo está disponível neste link

 

Fonte: Science Daily