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Quais alimentos mais causam alergia alimentar?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Agosto de 2021 às 08h30

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Stoockking/Envato Elements
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Muito mais comum em crianças do que em adultos, a alergia alimentar é uma reação anormal do organismo a alguma proteína presente na comida. Essas reações ocorrem quando o corpo identifica o alimento como uma ameaça à saúde e, em resposta a esse suposto invasor, ele ativa os mecanismos de defesa. Cerca de 90% dessas alergias são causadas por leite de vaca, soja, amendoim, ovo, nozes, trigo, peixe ou frutos do mar.

Quanto às classificações das alergias, o médico Wellington Borges, do Departamento de Alergia e Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) esclarece: "Alergia envolve a participação de proteínas como alérgenos. A lactose, por ser um carboidrato, não provoca alergia e sim intolerância por deficiência da enzima β-lactase".

Quais alimentos mais causam reações alérgicas?

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"Embora mais de 170 alimentos tenham sido identificados como desencadeadores de alergia alimentar, aqueles que causam a maioria das reações alérgicas significativas incluem amendoim, nozes, peixe, marisco, leite, ovo, trigo, soja e sementes", afirmam os autores de um estudo norte-americano publicado na revista científica The Journal of Allergy and Clinic Immunology. No artigo, os autores afirmam que a alergia alimentar, independente do tipo, é sempre mais comum em crianças.

De acordo com a nutróloga do Hospital do Coração (HCor), Daniela Gomes, a reação alérgica atinge cerca de 8% das crianças com idade inferior aos três anos e quase 3% dos adultos. “Entre os fatores que aumentam o risco de apresentar a doença estão a predisposição genética. Mais de 50% dos pacientes com alergia alimentar diagnosticada possuem histórico familiar, além de falhas dos mecanismos de defesa e permeabilidade do sistema digestivo”, pontua.

Sobre essas alergias, o médico Wellington Borges comenta que "a maioria das reações [alérgicas] ocorre devido à sensibilidade a apenas um ou dois alimentos. Pacientes portadores de alergia a três ou mais alimentos diferentes são raros".

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Quais são os sintomas da alergia alimentar?

Segundo o especialista Borges, "as manifestações cutâneas e gastrointestinais são as mais frequentes manifestações de alergia alimentar", condições de relativa facilidade no tratamento. A nutróloga Gomes também ressalta que os sintomas mais comuns dessas alergias são reações epidérmicas, como inchaços, coceiras e urticária, e no sistema digestivo, como disenteria, dores abdominais e vômito. 

Por outro lado e no completo extremo das consequências, "a alergia alimentar é responsável por 50% dos casos de anafilaxia, com hipotensão, disritmia cardíaca e comprometimento respiratório", segundo o médico Borges, no documento da SBP. Vale explicar que anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade aguda e potencialmente fatal.

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Tratamento e diagnóstico das alergias

Para controlar uma alergia alimentar é necessário que haja, em primeiro lugar, o diagnóstico correto. Essa avaliação pode ser feitas com avaliações clínicas, como exames de sangue específicos ou testes alérgicos. É possível verificar a alergia a partir de uma dieta de exclusão. "De posse de uma história e exame físico sugestivos de alergia alimentar, deve ser realizada uma dieta de exclusão do alimento suspeito", explica Borges sobre o método que dura de 2 a 6 semanas e deve ser acompanhado por um profissional. 

No entanto, Gomes lembra que "não existe cura ou um remédio distinto para tratar a alergia alimentar. O uso de medicamentos só deve ser feito sob indicação médica. O ideal é excluir aqueles alimentos e substâncias que provocam alguma reação alérgica completamente da dieta”. Por exemplo, pacientes com intolerância à lactose pode ingerir a enzima lactase, com a devida orientação.

Caso ocorra uma reação grave, envolvendo problemas no sistema respiratório, cardiovascular ou fechamento da glote, o paciente deve procurar imediatamente um hospital, onde poderá receber o atendimento adequado.

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Para conferir o artigo completo sobre a incidência de alergias alimentares, clique aqui.

Fonte: Com informações: HCor e Sociedade Brasileira de Pediatria