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Café diminui risco de insuficiência cardíaca, segundo estudo

Por| 10 de Fevereiro de 2021 às 14h40

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 Clay Banks/Unsplash
Clay Banks/Unsplash

Aceita um cafezinho? Na última terça-feira (9), um estudo publicado na revista científica norte-americana American Heart Association Journal apontou que essa bebida tão amada pelos brasileiros pode reduzir o risco de insuficiência cardíaca.

Para analisar os benefícios de beber café, os pesquisadores categorizaram o consumo em 0, 1, 2 ou 3 xícaras por dia. "Os riscos e benefícios de beber café têm sido tópicos de interesse científico contínuo devido à popularidade e frequência do consumo em todo o mundo", observou Linda Van Horn, professora da Escola de Medicina Feinberg da Northwestern University em Chicago, e membro do Comitê de Nutrição da American Heart Association.

A equipe usou machine learning para examinar os dados desses participantes e analisar o risco de aterosclerose e situação cardiovascular. Aproximadamente 21 mil pessoas participaram da pesquisa  A análise revelou que os participantes que relataram beber uma ou mais xícaras de café com cafeína tiveram diminuição em longo prazo no risco de insuficiência cardíaca — o risco de desenvolver a doença ao longo das décadas diminuiu de 5% a 12%, em comparação com a ausência de consumo de café.

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Além disso, o risco de insuficiência cardíaca se apresentou cerca de 30% menor em pessoas que bebiam pelo menos 2 xícaras por dia. Em contrapartida, beber café descafeinado demonstrou um efeito oposto, aumentando significativamente o risco de desenvolver a doença. Quando os pesquisadores examinaram isso mais detalhadamente, eles descobriram que o consumo de cafeína de qualquer fonte parecia estar associado à diminuição do risco de insuficiência cardíaca.

"A associação entre cafeína e redução do risco de insuficiência cardíaca foi surpreendente. Café é frequentemente considerado como ruim para o coração porque as pessoas os associam a palpitações, pressão alta etc. A relação consistente entre o aumento do consumo de cafeína e a diminuição do risco de insuficiência cardíaca muda essa suposição. No entanto, ainda não há evidências claras o suficiente para recomendar o aumento do consumo de café para diminuir o risco de doenças cardíacas com a mesma força e certeza de parar de fumar, perder peso ou praticar exercícios", apontou David P. Kao, MD, autor sênior do estudo.

"O estudo que relata associações com resultados permanece relativamente limitado devido a inconsistências na avaliação da dieta e metodologias analíticas", acrescentou Linda Van Horn. A American Heart Association alerta que as bebidas populares à base de café, como lattes e macchiatos, costumam ser ricas em calorias, adição de açúcar e gordura. Além disso, apesar de seus benefícios, a pesquisa mostrou que a cafeína também pode ser perigosa se consumida em excesso, considerando que as crianças devem evitar a cafeína, por exemplo.

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De qualquer forma, vale observar que as limitações do estudo que podem ter impactado os resultados da análise incluíram diferenças na maneira como o café era registrado e no tipo de café consumido, como os tipos de café, a origem dos grãos, o filtro, detalhes estes que não foram especificados. Também pode ter havido variação em relação à medida da unidade para 1 xícara de café (ou seja, quantas onças por xícara). Esses fatores podem resultar em diferentes níveis de cafeína.

Por fim, os pesquisadores alertam que os estudos originais detalhavam apenas café comum ou descafeinado, portanto, essas descobertas podem não se aplicar a bebidas como chás, refrigerantes e outros itens alimentares com cafeína, incluindo chocolate, por exemplo.

Fonte: American Heart Association Journal via EurekAlert