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Covid: UFRJ volta a recomendar máscaras em ambientes fechados

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Após meses de relaxamento das medidas que visam impedir a transmissão do coronavírus SARS-CoV-2, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) volta a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados e em aglomerações dentro do seu espaço. Em paralelo, reforça a importância da higienização frequente das mãos.

Para os alunos, professores e funcionários da UFRJ, um novo protocolo de testagem é adotado: quem apresenta sintomas respiratórios ou teve contato próximo com um caso confirmado da covid-19 deve ser testado no centro de triagem diagnóstica da instituição. As medidas foram estabelecidas pelo Núcleo de Enfrentamento e Estudos em Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Needier).

Por que a UFRJ volta a recomendar máscaras da covid?

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"Diante da constatação de aumento moderado e progressivo de casos positivos diagnosticados no CTD/NEEDIER e da preocupação com uma nova onda da covid-19, fato já constatado em outros países, julgamos prudente alertar ao corpo social da universidade e recomendar o uso adequado de máscaras em ambientes fechados e em contextos de aglomeração humana, assim como higienização frequente das mãos", afirma nota técnica, assinada por Terezinha Marta Castiñeiras, da Faculdade de Medicina da UFRJ.

Nova onda global da covid-19

Para entender, a nota faz referência ao aumento de casos da covid-19 constatado pelo último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). Divulgado na última segunda-feira (14), o documento relata cerca de 1,5 milhão de novos casos de covid-19, entre os dias 10 de julho e 6 de agosto. O valor representa um aumento de 80% em relação ao período anterior, e é puxado pela situação crítica na Oceania. No entanto, no mesmo período, as mortes tiveram uma queda de 57%.

Embora a OMS diagnostique o aumento de casos globais da covid-19, a entidade explica que este número pode ser subestimado. Isso porque o número de testes e de relatórios sobre a doença estão diminuindo gradualmente. Dos 234 países, apenas 103 (44%) atualizaram os seus números de casos nos últimos 28 dias.

Em recente estudo, a pesquisadora britânica Christina Pagel alerta para a chegada de uma nova onda da covid-19 no Reino Unido. Além da tendência de aumento de casos, ela aponta para a evolução do coronavírus e o risco de novas variantes, como a BA.6 (nome atualizado pela OMS para BA.2.86). Esta é considerada potencialmente de risco por especialistas, mas está limitada geograficamente aos países Dinamarca e Israel. Mesmo assim, alguns especialistas já defendem o uso massivo de máscaras.

Como está a covid-19 no Rio?

Apesar da nova onda global de casos da covid-19, os dados regionais da cidade do Rio de Janeiro não apontam, até o momento, para o mesmo cenário. Segundo apuração da Agência Brasil, no dia 8 de agosto, a média móvel de novos casos diários da covid-19 era 16, enquanto em 8 de julho estava em 36. Em 8 de junho, a média estava em 30. Ainda não foram divulgados os dados dos últimos dias.

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Conforme aponta a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), nas últimas quatro semanas epidemiológicas — até quarta-feira (16) —, foram notificados 493 casos de covid-19 no estado, sendo 12 óbitos. Na última semana, não houve nenhum óbito confirmado até o momento.

Independente dos novos casos, é preciso reforçar que as doses de reforço da vacina contra a covid-19 estão amplamente disponíveis para toda a população. Para receber a vacina em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), é preciso ter apenas 4 quatro meses de intervalo entre as doses e levar a carteirinha de vacinação com um documento com foto.

Fonte: Agência Brasil e UFRJ