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Covid: como será a evolução do coronavírus nos próximos anos?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Dezembro de 2021 às 16h10

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photocreo/Envato
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Quando se pensa que a situação da covid-19 está perto de ficar sob controle, mais uma variante surge, preocupando os especialistas e a população como um todo. O caso mais recente foi o surgimento da Ômicron, que já se espalha por inúmeros países, inclusive o Brasil. Frente aos novos acontecimentos, na última terça (7) a revista científica Nature publicou um artigo sobre como será a evolução do coronavírus nos próximos anos.

De acordo com o artigo, o modo como o SARS-CoV-2 evolui em resposta à imunidade tem implicações para sua transição para um vírus endêmico, e não há uma base estável de infecções para se basear ao fazer uma estimativa dessas. É provável, então, que o vírus cause surtos e epidemias de tamanhos variados, como a gripe e a maioria das outras infecções respiratórias comuns.

Atualmente, os cientistas investigam a rapidez com que uma população se torna suscetível à infecção, e se a principal causa é a evolução viral, a diminuição das respostas imunológicas ou o nascimento de bebês sem imunidade ao vírus. O cenário mais otimista (e, infelizmente, o menos provável, sob o ponto de vista dos pesquisadores) seria o SARS-CoV-2 seguindo o caminho do sarampo, com a vacinação fornecendo proteção vitalícia e o vírus circulando principalmente com base em novos nascimentos.

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Na visão dos cientistas, um cenário mais provável para o SARS-CoV-2 seria a maioria das pessoas infectada nos primeiros dois anos de vida, tal como o vírus sincicial respiratório (RSV), a principal causa de hospitalização de bebês. Isso se deve à diminuição da imunidade e a evolução viral juntas, permitindo novas cepas infectando adultos com sintomas leves por conta da exposição na infância. Se o SARS-CoV-2 seguir esse caminho, se torna essencialmente um vírus infantil.

De qualquer forma, a rapidez com que o SARS-CoV-2 evolui em resposta à imunidade determinará com que frequência as vacinas precisam ser atualizadas. Pode ser como o H3N2 (Influenza), por exemplo, em que se precisa atualizar a vacina a cada um ou dois anos. O artigo ressalta que vacinar o maior número possível de pessoas pode impedir que o vírus desencadeie as mudanças que gerem uma nova onda. A questão é que o coronavírus pode tomar várias direções diferentes. Resta aguardar o que vem por aí.

Fonte: Nature